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Amamentar é ato de amor que também protege a mãe do risco de ter 5 doenças

Publicado 11 Out 2017 – 09:24 AM EDT | Atualizado 2 Abr 2018 – 09:32 AM EDT
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A amamentação, além de todos os benefícios para a saúde do bebê e para o estreitamento dos laços entre mãe e filho, tem ainda muitas vantagens para as mulheres lactantes. O ato de amamentar ajuda na perda de peso no pós-parto, reduz os níveis de colesterol, glicose e protege a mãe do risco de ter cinco doenças. Veja quais:

Amamentação: benefícios para a mulher

1. Doenças cardíacas

A amamentação reduz o risco de doenças cardíacas em até 18%. De acordo com estudo da Universidade Oxford, na Inglaterra, e da Academia Chinesa de Ciências Médicas, na China, cada seis meses a mais de amamentação estão associados a um risco 4% menor de desenvolver doenças cardíacas e 3% menor de sofrer derrame. 

O ato de amamentar pode prevenir derrames e o desenvolvimento de doenças cardíacas mesmo uma década após o parto. Os pesquisadores acompanharam cerca de 290 mil mulheres por oito anos. Os resultados mostraram que aquelas que tinham amamentado corriam um risco 9% menor de desenvolver doenças cardíacas e 8% menor de sofrer derrames.

Além disso, os benefícios aumentaram de acordo com o tempo de amamentação. Ou seja, aquelas que amamentaram seus filhos por até dois anos ou mais diminuíram sua probabilidade de doenças cardíacas em até 18% e de derrames em 17%.

2. Hipertensão

Pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, liderados pela cientista Melissa Bartick, afirmam que poderiam ser evitados cerca 53 mil casos de hipertensão se a taxa de mulheres que amamentam seus filhos até eles completarem um ano subisse. Segundo os pesquisadores, amamentar por mais de um ano pode ainda reduzir em cerca de 12% o risco de pressão alta.

3. Diabetes

De acordo com os pesquisadores da  Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, mulheres que amamentam por mais de um ano estão 10% menos propensas a sofrer problemas de saúde do que aquelas que nunca amamentaram. O ator de amamentar por mais de um ano pode ainda reduzir em cerca de 20% os riscos de as mães sofrerem de diabetes e colesterol alto.

4. Endometriose

O aleitamento exclusivo, que ocorre quando o bebê é alimentado somente com o leite materno, também está significativamente associado à  diminuição do risco de endometriose e câncer do ovário e endométrio.

Mulheres que amamentam seus filhos por mais de três anos ao longo da vida reprodutiva apresentaram 40% menos chance de desenvolver endometriose, em comparação às que nunca amamentaram. Além disso, foi constatado que apenas três meses de lactação por gestação, exclusiva ou não, reduzem em 8% o risco de ter a doença. O mesmo período de aleitamento exclusivo aumenta a resistência da mulher em 14%.

A explicação dos pesquisadores para a diminuição do risco de endometriose em relação ao tempo e à forma de aleitamento são as alterações hormonais. Amamentar interrompe temporariamente o ciclo menstrual e altera a liberação de hormônios, como oxitocina e estrogênio, que contribuem para o desenvolvimento da doença.

5. Câncer de mama

A cientista Melissa Bartick, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, afirma que cinco mil casos de câncer de mama poderiam ser evitados se mais mulheres amamentassem seus filhos até completarem um ano. O risco é ainda menor quando a primeira gestação ocorre antes de 30 anos. 

A glândula mamária atinge o seu pico de maturidade na gestação até o nascimento do bebê. “Se isso acontece antes dos 30 anos, a mulher se previne das mutações genéticas e divisões celulares que podem levar aos tumores relacionados ao câncer de mama”, explica o mastologista Afonso Celso Pinto Nazário.

Ao atingir seu pico de maturidade durante a lactação com as células ainda jovens, as chances de uma mutação genética acontecer são menores.

Dicas sobre amamentação

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