Ansiedade de separação: transtorno comum em crianças gera apego excessivo

Bebês começam chorar ao ir para o colo de outra pessoa por volta dos seis meses de idade, quando se dão conta de que eles e a mãe são pessoas distintas. Até então, em decorrência de toda a gestação e proximidade dos primeiros meses, os pequenos acreditam que ambos, mãe e filho, são uma coisa só. E isso é completamente normal.

Quando medo vira transtorno?

Diferente das outras ansiedades, no Transtorno de Ansiedade de Separação (TAS) há apenas a preocupação excessiva da separação da figura de referência afetiva da criança, e tal percepção gera angústia, uma vez que fere a onipotência do bebê, que pensa que tudo lhe pertence ou é parte dele.

Isto acontece porque um bebê não compreende o conceito de permanência dos objetos. Para ele, as coisas só existem se puderem ser vistas. Portanto, ele pode imaginar que a mãe ou o pai deixaram de existir quando os perde de vista.

Consequências

Esse medo da separação, quando não é bem trabalhado, acaba causando prejuízos no desenvolvimento infantil, no desempenho escolar e nas relações sociais e, então, pode ser considerado um transtorno. Os sintomas na criança podem envolver desde dor de cabeça, dor de barriga, tonturas, náuseas e vômitos.

Como lidar com TAS?

Por volta dos dois anos de idade, a criança já é capaz de compreender que o fato de os pais estarem longe não significa que eles não vão voltar ou que ela foi abandonada. Essa confiança, entretanto, vai depender de como os vínculos foram criados na família entre pais e filhos. Converse e exercite o desapego, dizendo que vai e que já volta, e volte realmente no tempo combinado, mostrando que ela pode confiar em você. 

O problema surge quando os pais confundem apego natural com dependência e esquecem que tão importante quanto se apegar aos pais é aprender a se separar deles.

Quando maiores, a ansiedade pode acontecer com adolescentes que temem a perda de seus pais em outra fase importante de autorreconhecimento enquanto ser independente e autônomo. As pessoas com essa condição apresentam uma extrema ansiedade ao ficar longe de quem amam, se preocupando excessivamente com a possibilidade de acidentes, traumas por separações, sequestros ou morte.

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