null: nullpx
amigos-Mulher

Afinal, criança pode ter melhor amigo? Veja essa ideia diferente da escolinha de George

Publicado 21 Set 2017 – 11:30 AM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 02:17 PM EDT
Compartilhar

Aos quatro aninhos, o Príncipe britânico George ingressou na escolinha. A instituição escolhida para garantir seus estudos é a Thomas’s Battersea, que fica há poucos quilômetros da residência real, o Palácio de Buckingham.

Os ideais e as exigências da escola de George têm chamado a atenção na internet por serem um tanto quanto peculiares, como uma suposta proibição das crianças terem um melhor amigo.

Amizades na escolinha 

O diretor da Thomas’s Battersea, Ben Thomas, disse em entrevista ao site “The Telegraph” que não há uma regra neste sentido, entretanto, apoia a ideia: “Há um bom julgamento por trás disso. Você pode ter amizades muito possessivas e é muito mais fácil se as crianças compartilham amizades e têm bons amigos, ao invés da obsessão com quem é seu melhor amigo”, diz.

Thomas alegou que essas amizades obsessivas podem ser muito prejudiciais para as crianças e para quem fica de fora deste círculo: o sentimento de exclusão pode ser tão doloroso quanto o bullying físico.

É correto proibir as amizades da criança? 

De acordo com a Dra. Maria Guimarães Drummond Gruppi, psicóloga especialista em primeira infância, não deve-se obrigar às crianças a gostarem mais ou menos de outra pessoa.

“No caso da escola de George, se o diretor impõe que as crianças não tenham um melhor amigo, para evitar o sofrimento daquelas que não possuem melhores amigos, esse é unicamente um desejo dele ou até uma dificuldade de lidar com esse fato. Não necessariamente é um desejo ou uma dificuldade das crianças”, afirma.

A especialista diz ainda que ao invés de proibir as amizades, os educadores devem orientar as crianças sobre a importância de terem muitos amigos, pois cada um deles pode complementá-las com algo diferente, e assim teriam relações mais ricas e variadas.

Por que meu filho não tem amiguinhos?

O educador deve ficar atento aos movimentos sociais dos grupos. Se uma criança está sem amigos pode ser que ela apresente algo que afaste os colegas, ou que ela seja introspectiva, mas sinta-se confortável diante desta situação.

No entanto, ao perceber que uma criança é subjugada ou mesmo anulada pelas outras é necessário interferir naquela relação para investigar a causa, não só porque uma criança aceita ser subjulgada, mas também porque a outra sente-se bem submetendo o seu colega aos seus mandos, desmandos e caprichos.

“Essa observação investiga se as crianças precisam ou não de atendimentos especializados para trabalhar a sociabilidade. Se a avaliação for correta e bem feita certamente a solução virá com resultados surpreendentes”, finaliza Dra. Maria.

Dicas para educar as crianças

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse