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Teste reprova babás eletrônicas com wi-fi: modelos convencionais são mais indicados

Publicado 3 Ago 2017 – 05:00 PM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 03:07 PM EDT
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* Atualizada em 04/08/2017

Mamães e papais que têm a oportunidade de contar com uma babá eletrônica sabem que ela pode ser grande aliada nos cuidados com o bebê em casa. Graças ao aparelho, os pais não precisam ficar em alerta o tempo todo e conseguem realizar outras tarefas (inclusive dormir!) sem aquela preocupação constante com o filho. 

Teste com babás eletrônicas

O acessório, que é vendido em diversos tipos e modelos, vem sempre em dose dupla, já que uma maquininha é colocada no ambiente em que o bebê está e outra fica com os pais. Na maioria dos casos, o aparelho apita ou transmite sons que revelam se o bebê está chorando ou em apuros.

A vantagem de se ter uma babá eletrônica está justamente no fato de ter uma vigilância constante das crianças à distância. Não à toa alguns modelos evoluíram e ganharam a tecnologia wi-fi – que traz a opção do monitoramento por internet. 

No entanto, tanta conveniência pode se tornar um problema. Pelo menos foi o que um uma recente avaliação promovida pela Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) concluiu. 

O teste divulgado avaliou oito marcas de babás eletrônicas, sendo duas com wi-fi. Nos resultados, a organização aponta que existe uma carência de aparelhos completos, com receptor próprio de imagem e de som.

Babás eletrônicas com wi-fi são reprovadas

De acordo com a Proteste, as babás eletrônicas com wi-fi são os casos mais preocupantes. Os dois modelos avaliados no teste (Foscam Fosbaby e Fisher-Price BB301) apresentaram problemas de instalação, de uso e de segurança da informação.

Na avaliação da organização, o modelo da Foscam tem um aplicativo para celular que não emite qualquer som quando perde o sinal com a câmera, o que representa um risco – ainda mais se a casa ficar sem sinal de internet no meio da noite.

Além disso, a pessoa perde o monitoramento caso atenda uma ligação ou use o celular para outra finalidade.

Já a babá eletrônica da Fisher-Price apresenta, entre outras falhas, um problema com o sensor de movimento, que emite um alarme pela câmara e não pelo receptor (celular ou tablet), que deveria ser o correto. O som pode assustar o bebê e causar um desconforto desnecessário para os pais.

A Proteste conclui que os aparelhos com wi-fi são “mais câmeras de monitoramento adaptadas para serem usadas como babás eletrônicas do que dispositivos propriamente voltados para a função específica de vigiar crianças”. A organização atenta ainda para o fato de que esses modelos exigem um cuidado especial por conta das informações do servidor ao qual são ligados. 

Aparelhos tradicionais

Por conta dos problemas apresentados pelos aparelhos com wi-fi, a Proteste recomenda o uso das babás eletrônicas convencionais. Dos seis modelos avaliados, dois tiveram destaque especial: Motorola MBP622, que teve o melhor desempenho no teste, e Vtech VN311, considerado o melhor custo-benefício.

Para completar, o pior entre os oito aparelhos do teste foi o dispositivo MBP36S, da Motorola. De acordo com a Proteste, o produto vem com plugue de tomada fora do padrão brasileiro, o que é considerado ilegal. O modelo ainda foi eliminado no quesito segurança elétrica.

A reportagem do VIX não conseguiu contato com os representantes da Motorola no Brasil, que atendem a linha mobility.

A Fisher-Price, por meio de sua assessoria de imprensa, mandou uma nota de esclarecimento.

"A Fisher-Price informa que a babá eletrônica com câmera wi-fi BB301 é um produto licenciado, desenvolvido e produzido pela Multilaser, uma parceira de negócios da Mattel do Brasil. Cumpre esclarecer que a Fisher-Price respeita a legislação para a fabricação dos produtos licenciados, seguindo rigorosas regras de segurança e qualidade. Considerando que a Fisher-Price não teve acesso à metodologia utilizada pela PROTESTE para a avaliação do item, informa que, por ora, não comentará o referido resultado".

A Foscam, também por meio de sua assessoria de imprensa, informa que o modelo testado pela Proteste foi provavelmente lançado há dois anos e as configurações e segurança foram aprimoradas nos produzidos hoje. Além disso, a marca parou de produzir babás eletrônicas.

"O modelo que vendíamos é da versão antiga e não estamos mais trabalhando com as babás (somente temos algum estoque antigo) e estamos focando em câmeras de segurança IP, onde a Foscam é uma das marcas mais conhecidas mundialmente neste segmento".

Cuidados com o bebê

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