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Parto normal após cesárea: pode? Wanessa viveu os dois e escolheu a melhor experiência

Publicado 6 Jul 2017 – 05:00 PM EDT | Atualizado 2 Abr 2018 – 09:32 AM EDT
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A gravidez, desde a descoberta até o nascimento da criança, envolve uma série de escolhas e uma das mais importantes é sobre o tipo de parto. Escolher entre a cesárea ou parto normal exige conscientização da futura mamãe, acolhimento do parceiro, familiares e equipe médica, além de acompanhamento físico e psicológico. Isso resumindo bem a questão. Toda mãe sabe que esse é um momento único e descrevê-lo é quase impossível.

Muitas mulheres, que tiveram o primeiro filho por meio de uma cesariana, descartam o parto normal na gravidez seguinte por acharem que uma vez feita a cirurgia, só poderia ter os próximos filhos pelo mesmo método. A experiência da cantora Wanessa Camargo, no entanto, é prova de que isso não serve para todos os casos.

Seu primeiro filho, José Marcus, fruto do casamento com o empresário Marcus Buaiz, nasceu de cesárea. Na segunda gravidez, porém, ela optou pelo parto normal e assim veio ao mundo o caçula João Francisco.

“Foi aquele parto de novela mesmo, demorado, exaustivo, mas nunca pensei em desistir. No dia seguinte, eu estava de pé, já andava e brincava com meu filho mais velho. Até o leite desceu mais rápido. Tive as duas experiências e não tem comparação, o parto normal é muito melhor”, contou Wanessa em entrevista à Trip.

VBCA (Parto normal após cesárea)

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), o ideal é que o número de cesáreas realizadas não passe de 15%, mas no Brasil a porcentagem bate 5 vezes esse valor. Na rede pública, 52% das mulheres têm parto cirúrgico, enquanto na rede privada, o número sobe para 88%, segundo pesquisa da FioCruz.

Muitas mulheres acreditam no mito de “uma vez cesárea, sempre cesárea” por medo de uma ruptura uterina, que é o rompimento das paredes do útero.

O ideal é que a primeira cirurgia cesariana seja evitada. Depois de o corte no útero ter sido feito, a segunda gestação já pode trazer riscos, que existem nos dois métodos de nascimento, mas o índice é menor quando o parto é vaginal, segundo publicação da médica obstetra pós-doutorada na OMS e membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia), Melania Amorim.

Médico e paciente devem entrar em acordo, mas a informação é necessária para que a mulher possa realmente escolher o método que achar melhor. O que pode acabar não acontecendo, quando a grávida achar que a única saída é fazer uma cesárea. “Apesar de salvar vidas, o ideal é não submeter a mulher a uma cesárea sem necessidade, no Brasil, a cirurgia é feita de forma indiscriminada”, diz Melania.

Os riscos de se ter uma ruptura uterina através do parto normal é menor que 0,05%, comparado ao risco apresentado em uma cirurgia. “É preciso que o médico cheque o que deve ser checado, mas respeitando o tempo das coisas. Se tudo está correndo bem, vamos deixar a natureza caminhar a favor”, conclui Alberto Jorge de Sousa Guimarães, ginecologista e obstetra.

O que as mulheres precisam saber sobre partos:

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