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Repouso na gravidez é obrigatório em 4 situações: placenta baixa, colo curto e mais

Publicado 4 Jul 2017 – 04:02 PM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 04:52 PM EDT
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Algumas mulheres conseguem trabalhar e seguir com suas atividades normalmente até o final da gestação, outras, por orientação médica, são obrigadas a fazer repouso absoluto como a apresentadora Eliana, que foi diagnosticada com descolamento de placenta.

Contudo, o descolamento não é o único problema gestacional que exige que as gestantes desacelerem.

De acordo com o ginecologista e obstetra especialista em reprodução assistida Rodrigo da Rosa Filho, há outros três problemas que não são raros e que também obrigam as gestantes a repousar.

Repouso na gravidez

Descolamento de placenta

Esse problema costuma a aparecer depois da 20ª semana de gestação e antes da 37º. A placenta, fixada na parte de dentro do útero, se descola total ou parcialmente. Com isso, as trocas gasosas e de nutrientes entre mãe e feto podem ficar comprometidas.

O problema provoca sangramento e dor e pode causar partos prematuros e até morte fetal.

Dependendo da gravidade do problema, o obstetra pode indicar repouso absoluto, em que a gestante não pode nem sair da cama.

Placenta baixa

Rosa Filho explica que placenta baixa é o nome dado quando o embrião se implanta na parte inferior do útero, próximo ao colo do útero. “Isso não é ideal, mas costuma acontecer em cerca de 5% das gestações”, comenta o ginecologista.

O principal sintoma do problema é sangramento sem dor a partir da 20ª semana de gestação e o diagnóstico é feito por meio de um ultrassom. Além de fazer repouso, a gestante não pode praticar exercícios físicos, nem ter relações sexuais para evitar sangramentos.

Mulheres acima de 35 anos, que fumam ou que já fizeram alguma manipulação no útero como, por exemplo, uma curetagem uterina devido a um aborto, são mais propensas a apresentar este problema.

Colo curto

Segundo o ginecologista, o colo uterino deve ter, no mínimo, 2,5 centímetros. Quando ele é menor que isso, pode não aguentar o peso do útero durante a gestação e se abrir, provocando uma dilatação precoce e, consequentemente, o parto prematuro do bebê.

Geralmente acontece antes da 28ª semana da gravidez, quando o feto ainda é muito pequeno, o que torna o índice de mortalidade alto.

“É possível identificar que o colo é curto antes da gestação ou no começo dela. O repouso é indispensável e, em alguns casos, é necessário fazer a cerclagem uterina, que é uma amarração feita com fios bem fortes no colo do útero para impedir que a dilatação aconteça antes do tempo”, explica o especialista.

Além do tamanho do colo, os médicos também avaliam se a mulher já teve um parto prematuro ou aborto tardio para avaliar a necessidade ou não do procedimento.

Hematoma subcoriônico

O hematoma subcoriônico acontece já no primeiro trimestre da gestação. Ele surge atrás do saco gestacional e provoca o descolamento do mesmo, podendo causar sangramentos até a 12ª semana de gravidez.

Infelizmente, o hematoma subcoriônico provoca abortos em 50% dos casos. Nos outros 50%, acontece uma normalização e as mulheres conseguem levar a gravidez adiante. Contudo, para que isto aconteça, o repouso é fundamental.

Assim como no descolamento de placenta, a gestante pode ter sangramento e sentir dor. A diferença é que, neste caso, os sintomas aparecem bem no início da gestação. 

Apesar de todos serem problemas graves, quanto antes eles são descobertos, maiores as chances do tratamento ser bem sucedido. Por isso, é fundamental que a gestante faça o pré-natal e procure um médico caso tenha sangramento ou sinta dor abdominal, já que estes são os sintomas mais comuns destas complicações.

Repouso na gestação:

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