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Médico explica alteração no cérebro do bebê que exige cirurgia: alta é só aos 7 anos

Publicado 15 Fev 2017 – 03:00 AM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Todo recém-nascido tem duas aberturas no alto da cabeça, chamadas fontanelas - uma mais na frente e outra mais no topo do crânio - também conhecidas como moleira. Suas funções principais são facilitar a passagem do bebê, na hora do parto, e permitir o crescimento adequado do cérebro. Por isso, nos primeiros meses de vida, a cabecinha do bebê ainda é molinha. Mais tarde, a própria natureza tratará de calcificar essas aberturas. 

Há risco de má formação?

Diferentemente dos adultos, o crânio dos bebês não é formado por uma peça única, mas por peças ósseas ligadas por tecidos fortes chamados suturas. Por serem flexíveis, as suturas, além de facilitarem a contração da cabeça do bebê no momento do parto, fazendo com que ela consiga passar pelo canal vaginal, também permitem que, após o nascimento, o cérebro da criança continue a crescer dentro da calota craniana.

Esse crescimento acontece de forma bastante rápida, até o segundo ano de vida, período em que as suturas vão se expandindo até que as placas ósseas do crânio se tornem uma peça única. Porém, quando uma sutura se fecha antes do tempo, acarreta o que chamam de cranioestenose: uma deformação na cabeça que pode afetar a cognição e a visão da criança.

Segundo o neurocirurgião Fernando Gomes Pinto, a posição inadequada do bebê dentro do útero durante a gestação ou até fatores genéticos podem causar a cranioestenose. Na maioria dos casos, o quadro provoca apenas uma deformidade estética no crânio da criança. Entretanto, há casos mais graves em que a cranioestenose vem acompanhada de síndromes que podem comprometer tecidos e órgãos como músculos, ossos e coração, entre outros. 

Como tratar o bebê com cranioestenose?

Em ambos os casos (do mais ao menos grave), o tratamento costuma ser cirúrgico. Porém, graças aos avanços tecnológicos da medicina e ao desenvolvimento de técnicas menos invasivas, os resultados estéticos e funcionais para os pacientes têm sido cada vez melhores.

De acordo com o especialista, a cirurgia exige uma transfusão de sangue e, em média, o bebê recebe alta cinco dias após o procedimento. Porém, há necessidade de acompanhamento médico periódico e a alta definitiva só ocorre por volta dos 7 anos de idade. Para ele, a adesão ao tratamento é fundamental. 

“A criança que tem a recomendação cirúrgica, mas não faz a operação corre o risco de não atingir o máximo de inteligência que seria possível para seu cérebro. Além disso, em alguns casos, ela pode apresentar alterações neurológicas e visuais”, afirma.

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