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Problemas imunológicos que impedem a gravidez e causam abortos: médico aponta 5

Publicado 7 Fev 2017 – 04:00 AM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Para quem está tentando engravidar e precisa ter o corpo preparado e forte para gestar um bebê, todo cuidado e atenção com a saúde são necessários. Por isso, também é preciso evitar que as alterações imunológicas possam comprometer a tentativa de gravidez. Segundo o especialista em reprodução humana, Ricardo de Oliveira, exames clínicos simples detectam os principais problemas de infertilidade.

Deficiências imunológicas mais comuns na gestação

“Problemas imunológicos detectados por exames clínicos e com tratamento simples são responsáveis por 98% dos casos de abortos espontâneos”, revela o imunologista especializado em reprodução humana, Ricardo de Oliveira. Para tanto, ele destaca a importância de se fazer o check-up pré-gestacional, com investigação do perfil genético e imunológico do casal, para as mulheres que têm a gravidez como meta.

Caso haja problema, exames simples e de forma convencional são capazes de detectá-lo, sem a necessidade de recorrer tratamentos mais complexos ou que exigem alto investimento. Muitas vezes, as mulheres apresentam mais de uma causa para infertilidade, porém elas podem ser tratadas com mais de 90% de êxito, é o que revela um levantamento de 11 mil pacientes atendidas ao longo de 10 anos com dificuldade para a implantação do embrião ou que sofreram abortos precoces decorrentes de problemas imunológicos. Veja quais são os mais frequentes abaixo:

1. Problema na tiroidite
A doença autoimune que leva ao hipotireoidismo faz com que a mulher produza anticorpos que causam falha na implantação do embrião ou inflamação na placenta, provocando o aborto.

2. Endometrite crônica
É uma inflamação do endométrio, tecido que reveste a parede interna do útero, causada por provável alteração imunológica ou infecção. O problema impede a implantação do embrião, porém não tem a ver com endometriose. Após tratamento, a paciente volta a ser fértil. Têm incidência de até 80% das mulheres com infertilidade sem causa aparente e 30% das que tiveram aborto espontâneo.

3. Trombofilias
O quadro provoca alterações imunológicas e também de coagulação sanguínea, desenvolvendo anticorpos que atacam a placenta, impendido a implantação do embrião e, consequentemente, provocando o aborto precoce. Acontece de 20 a 60% das mulheres.

4. Aloimunidade
A aloimunidade nada mais é que a imunidade contra outro indivíduo. Quando o casal tem semelhanças genéticas, o corpo da mulher não reconhece a gravidez e interpreta o embrião como um defeito e o rejeita. Pode incidir em até 61% das mulheres com aborto precoce.

5. Fator antinuclear
Acontece quando os anticorpos do próprio organismo impedem o avanço da gestação. Os anticorpos da mãe “atacam” o embrião, causando intenso processo inflamatório placentário e/ou fetal. Há uma taxa de incidência de até 50% das mulheres.

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