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Doula na maternidade: grávidas em mais de um Estado brasileiro conquistam esse direito

Publicado 12 Dez 2016 – 11:15 AM EST | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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As mulheres da cidade de São Paulo que pretendem engravidar podem comemorar. Na última semana, a lei que prevê a entrada de doulas nos hospitais foi aprovada pelos vereadores da cidade.

De autoria da vereadora Juliana Cardoso (PT), a lei determina que hospitais maternidades de toda a cidade, públicos e privados, permitam a entrada e permanência da doula junto com a parturiente durante todo o processo de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, além das consultas e exames pré-natal.

A profissional ainda pode entrar no hospital com todos os seus instrumentos de trabalho que, geralmente, consistem em bolas de pilates, óleos de massagens, faixas de tecido e banquetas.

Isso significa que, além da presença de um acompanhante escolhido pela gestante (marido, mãe, irmã ou qualquer outra pessoa, com grau ou não de parentesco) já garantido por lei federal, ela ainda tem direito a entrar com uma doula.

Advertência, afastamento do gestor e aplicação de outras penalidades estão entre as consequências para aquelas maternidades que não respeitarem a lei, que ainda deve ser sancionada pelo prefeito Fernando Haddad.

Embora essencial para um parto e nascimento respeitoso, a medida não é pioneira. Santa Catarina e Rio de Janeiro são Estados em que leis semelhantes já foram aprovadas. Mas, ainda assim, a medida significa um grande avanço para a assistência à saúde reprodutiva da mulher e pode servir de base para outros projetos semelhantes por todo o país.

Por que ter uma doula?

As doulas são profissionais que dão, essencialmente, suporte físico, psicológico e emocional para a parturiente.

Elas não realizam procedimentos médicos invasivos e tampouco atuam como uma pessoa da área da saúde, como médicos, enfermeiras ou obstetrizes (parteiras) mas, além de confiança e apoio, aliam medidas não farmacológicas para o alívio da dor, como banhos, exercícios de respiração, relaxamento e massagens.

A profissional não exclui presença do acompanhante, que está ali com a gestante para vivenciar emocionalmente o momento, enquanto a doula presta o suporte necessário para que ele se realize.

E os benefícios da sua presença são comprovados. “Pesquisas americanas demonstram que a presença delas nos hospitais reduziu em 50% o número de cesarianas e em 60% o número de pedidos de analgesia, ou seja, remédios contra a dor. O tempo de duração do trabalho de parto foi reduzido em 25%”, relata a fisioterapeuta e obstetriz Cristina Balzano Guimarães.

Parto normal

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