Bebê prematuro: 7 pontos de atenção que os pais devem ter com seus filhos
Independente de quão prematuro nasce um bebê, tão importante quanto à atenção médica prestada na UTI neonatal é a intervenção psicológica que facilite e promova o estabelecimento do vínculo entre mãe e filho, fundamental para o seu desenvolvimento já nas primeiras horas de vida.
É esse cuidado psicológico e o acompanhamento de uma equipe interdisciplinar que podem evitar problemas futuros, pois permitem a identificação de sinais de risco e a intervenção antes que a dificuldade se instale.
Qual risco do parto prematuro?
Segundo a psicóloga Ana Paula Magosso, existem recursos que permitem identificar os sinais de risco desde os 15 dias de vida do bebê. Em alguns casos, o crescimento do bebê prematuro pode ser mais lento, mas isso não é uma regra. No entanto, os cuidados com o bebê não se restringem às semanas na UTI neonatal e aos primeiros meses em casa, o ideal é que um acompanhamento mais rigoroso seja estendido até a adolescência e, quem sabe, a idade adulta.
Um relatório da Organização Mundial da Saúde mostra que o Brasil ocupa a décima posição no ranking dos países com mais prematuros. Ainda de acordo com o documento, a chegada adiantada do bebê é uma das principais causas de mortalidade infantil e uma das grandes responsáveis por prejuízos à saúde a curto e longo prazo.
Estudos apontam que os bebês prematuros estão mais propensos à síndrome metabólica quando forem maiores: aquela combinação de inimigos das artérias, como pressão alta, colesterol elevado e acúmulo de gordura na barriga. Sem o suporte médico adequado ao nascer, o indivíduo tende a ter problemas com placas nos vasos mais precocemente, logo no início da vida adulta. Além disso, veja a que outros riscos os prematuros estão expostos e algumas medidas para enfrentá-los:
Problemas aos quais estão expostos os prematuros
Visão: O maior perigo é a retinopatia, doença capaz de levar à cegueira. Por isso, é tão importante a realização dos exames na UTI neonatal e das visitas ao oftalmologista no primeiro ano de vida.
Audição: Bebês que ficam muito tempo no hospital têm mais risco de sofrer danos no ouvido devido aos remédios. Por isso, a triagem auditiva e o acompanhamento fonoaudiológico são imprescindíveis.
Respiração: Recém-nascidos prematuros têm insuficiência respiratória e precisam de oxigênio com frequência. Devido à imaturidade dos pulmões, também sofrem mais pneumonias.
Cérebro: Quando há falhas neurológicas sérias, essas crianças têm dificuldade de aprendizado, atrasos na linguagem e até retardo mental. Daí a necessidade de procurar um neuropediatra.
Baixo peso: A desnutrição é uma das principais ameaças à saúde, principalmente nos bebês prematuros extremos. Com ela, também vem a dificuldade em comer direito mais tarde e assim, ganhar peso e estatura.
Comportamento: Se não houver suporte médico e psicológico, nascer prematuramente pode ser fator de risco para distúrbios comportamentais, como déficit de atenção, ansiedade, depressão e agressividade.
Coração: Além da tendência às lesões nas artérias, o nascimento antecipado pode comprometer a formação do órgão, gerando o sopro cardíaco que, às vezes, repercute na qualidade de vida.
Se informe bem sobre parto
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