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Estrabismo em criança: até que idade o tampão pode ajudar? Precisa de cirurgia?

Publicado 31 Out 2016 – 05:51 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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O estrabismo é um problema que pode surgir nas crianças e, em alguns casos, pode indicar a presença de algo mais sério, como infecções ou até mesmo tumores. Mas, no geral, costuma ter associação com dificuldades para enxergar. Seja qual for o caso, sempre que os pais notarem algo, é importante uma consulta com um oftalmologista para que seja identificado o quanto antes.

Estrabismo em crianças

De acordo com a médica Rosa Maria Graziano, presidente do Departamento de Oftalmologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo, há diferentes tipos de estrabismo, mas há também tratamento para que sejam revertidos. 

O que acontece com mais frequência é o chamado convergente, quando os olhos ficam virados para dentro. Geralmente ele é associado a altos graus de hipermetropia e aparece por volta dos 2 ou 3 anos de idade. Já o chamado divergente, quando os olhos viram para fora, é mais tardio, por volta dos 6 anos e não necessariamente está ligado a graus altos. 

Pode acontecer também um estrabismo congênito, que surge por volta dos quatro meses, mas são poucos casos. "No geral, até os seis meses é comum que os olhos do bebê pareçam estrábicos. Nessa fase os dois olhos ainda não estão trabalhando juntos. Mas isso vai desaparecendo com o tempo, especialmente a partir dos 6 meses, com o amadurecimento do sistema nervoso central", explica.

Tratamento para estrabismo

As formas de tratar o estrabismo variam para cada caso. Em alguns, o uso de óculos pode ser suficiente. Em outros, pode ser necessário usar um tampão. Pode, ainda, haver necessidade de cirurgia. Cada situação precisa ser avaliada e acompanhada individualmente. "O estrabismo não vai se curar sozinho", afirma.

Esse tratamento deve ser feito até os 8 anos de idade, quando as respostas são melhores ou, no máximo, até os 10 anos. Depois disso a situação pode se tornar irreversível. Uma das alternativas mais indicadas para reverter o estrabismo é o uso de tampão em um dos olhos.

Crianças com estrabismo

A pequena Títi, filha de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, que dá um show de estilo com seus looks, recentemente apareceu com um tampão. 

Em entrevista ao site de celebridades Purepeople, a assessoria de imprensa de Giovanna Ewbank confirmou que a menina tem um "pequeno estrabismo" e não fez cirurgia.

Bruno Lucas, filho do jogador de futebol Dentinho e Dani Souza, também já teve o problema e usou o tampão, às vezes combinando com as roupinhas, como mostram algumas fotos divulgadas nas redes sociais.

Por que usar tampão no olho?

O tampão, segundo a médica, é indicado nos casos em que um dos olhos da criança, por não enxergar bem, deixa de ser "usado". "Quando cada olho está enxergando uma coisa diferente, o cérebro 'apaga' a imagem de um dos olhos. Mas, se a criança tem condições de enxergar dos dois, então tampamos o que ela usa com mais frequência, para obrigar que o outro olho seja usado. Essa é a melhor alternativa", explica.

O ideal é que os pais estejam sempre presentes nos momentos de uso, para evitar que a criança arranque e também para tornar a situação leve e não algo punitivo, mas recreativo. No caso de Títi, o papai Bruno Gagliasso entrou na brincadeira e compartilhou uma imagem na qual aparece usando um tampão cor de rosa como o da filha. "Aqui em casa é um por todos e todos por um", disse.

O período do uso do tampão no olho vai variar para cada caso, bem como o número de horas diárias. "Na hora de dar comida ou fazer uma brincadeira é bom que a criança esteja usando. Se tirar, dê um beijinho, mostre que não é ruim, para que coloque de novo. Também é bom deixar a criança brincar de fazer os adesivos coloridos,  como algo que ela goste", ensina.

Depois de retirar o tampão, geralmente é necessário continuar com o uso dos óculos ou lentes de contato, bem como com o acompanhamento médico, já que o grau pode variar à medida em que a criança cresce.

Visão das crianças

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