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Pai toma atitude gentil em voo, ajuda mãe grávida e levanta debate importante

Publicado 14 Set 2016 – 02:18 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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No começo do mês, a publicação de uma americana ressaltou uma atitude de gentileza de um passageiro durante um voo. A postagem atingiu mais de 120 mil compartilhamentos e a foto chegou a ser divulgada em páginas de notícias do Estado da Geórgia, nos Estados Unidos.

Andrea Byrd registrou a cena durante o seu voo de Mineápolis para Atlanta. Uma mulher grávida estava viajando sozinha com o filho mais velho no colo. Ele chorava, inquieto, e a mãe estava muito cansada. Foi neste momento que o homem da poltrona ao lado se levantou e perguntou se podia tentar acalmar o garoto.

Ele explicou que era pai, pegou o menino no colo e ficou andando pelo corredor na tentativa de acalmar o pequeno e fazê-lo dormir.

“Em meu voo de volta para a Geórgia, eu vi este homem, um completo desconhecido para esta mulher, oferecer ajuda a ela, que estava grávida, sozinha no voo, e com dificuldade para acalmar o filho, que não parava de chorar. Ele não reclamou. Ele simplesmente disse a ela que era um pai e que queria ajudar para que ela pudesse descansar. Este homem andou pelo corredor durante quase todo o voo de Mineápolis para Atlanta, confortando o bebê em seu colo como se fosse seu filho... Eu comecei a chorar... Não porque ele era branco e ela era negra... Mas porque ele me mostrou hoje que ainda há pessoas boas em um mundo cheio de turbulência. Parabéns a este pai e a todos os pais por aí... vocês são os verdadeiros 'vencedores'!”, escreveu a passageira.

Depois da repercussão da foto, a mãe e filho foram identificados pelo programa americano Today. Durante entrevista, Monica Nelson disse que estava com receio e aflita de viajar sozinha pela primeira vez com Luke, seu filho de um ano e oito meses, porque ele já era bastante ativo e não ficaria muito tempo quieto.

A mãe disse também ter ficado surpresa e grata com a atitude do passageiro ao lado. "É bom saber que o mundo não é de todo ruim. Há pessoas realmente gentis lá fora”, disse.

O passageiro foi identificado como Reid e o seu filho como Lucas.

Andrea ainda contou que fez a publicação porque ficou tocada pela atitude do homem. Ela tem dois filhos e se colocou no lugar da mãe. “Você normalmente não vê coisas assim. Era tão doce”, disse.

Viajar de avião com bebê

De fato, viajar de avião com um bebê é um grande desafio. Esta história de gentileza relembra uma outra, também acontecida nos EUA, e nos traz uma reflexão.

Em 2014, uma família americana ia viajar pela primeira vez com sua filha, na época com oito meses e, na tentativa de não causar desconfortos aos outros passageiros, entregou um kit no avião com protetores auriculares e alguns docinhos. Dentro da embalagem, um recado dizendo que mesmo que a bebê chorasse, esperavam que o kit amenizasse o incômodo.

Na época, a atitude da família gerou um debate. Enquanto alguns acreditavam que a ideia tinha sido importante para agradar os passageiros que supostamente poderiam se incomodar com as reações da bebê, outros, no entanto, embora entendessem a intenção dos pais, questionavam a capacidade das pessoas de aceitar bebês e crianças com suas particularidades em todos os espaços.

A infância é marcada por uma série de descobertas e aprendizados e, muitas vezes, a criança reage a isso chorando ou ficando agitada, especialmente nos primeiros anos de vida, enquanto ainda não consegue se comunicar pela fala. É natural e esperado do comportamento humano e todos passam por isso.

É exatamente sobre a capacidade de compreender, aceitar e acolher este momento que o passageiro do voo ensina. Muito melhor do que o julgamento, vale a compreensão de que os pequenos têm suas próprias maneiras de enxergar o mundo e ainda estão aprendendo a lidar com medos, frustrações e novidades e que, por isso, é natural que eles reajam de diferentes maneiras.

Nessas situações, os mais interessados em acalmar as crianças e retomar a tranquilidade da situação certamente são os pais ou os cuidadores. É por isso que olhares julgadores e caras feias prejudicam muito mais do que ajudam. Isto porque, além de constranger a mãe ou o pai que está tentando sair daquela situação, ainda mostra que aquela família não é bem-vinda naquele espaço. Nem sempre é possível pegar um bebê no colo e embalá-lo, mas olhares acolhedores e compreensivos certamente fazem a diferença.

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