Bela Gil levou seu estilo natural de se alimentar e cuidar da saúde para o nascimento do segundo filho, Nino, em maio deste ano. Além de ter optado por um parto natural, sem intervenções e realizado em casa, recentemente, a culinarista revelou que também ingeriu a sua própria placenta.
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A declaração foi feita durante uma entrevista para a coluna Beira-Mar, da Revista Veja. Nela, além de falar sobre seus objetivos profissionais, Bela ainda disse que acha um absurdo o médico no Rio de Janeiro não poder acompanhar um parto domiciliar (o Cremerj proíbe este tipo de atendimento) e comentou que, depois do parto, ingeriu a placenta.
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Como explica, o órgão foi misturado com uma vitamina de banana e, por isso, Bela sequer sentiu o gosto. Flor, a filha mais velha, também bebeu a mistura comemorando a chegada do irmão.
Famosas que ingeriram a própria placenta
Bela Gil não é a única. Anônimas e famosas como Kim Kardashian também se tornaram adeptas da ingestão da placenta, chamada de placentofagia. A socialite, na época, comentou que consumiu o órgão ressecado e transformado em cápsulas para diminuir as chances de desenvolver depressão pós-parto.
Placenta: o que é
A placenta é um órgão formado durante a gestação para possibilitar o desenvolvimento do feto. Ela é a grande responsável pelas trocas gasosas e de nutrientes que acontecem pelo cordão umbilical entre mãe e bebê e, por isso, é altamente vascularizada.
Ingerir a placenta traz benefícios?

É por ser rica em sangue e conter muitos nutrientes e hormônios que uma parcela da sociedade acredita que ela pode repor vitaminas, sais minerais, glóbulos vermelhos e hormônios e, supostamente, ajudar a mulher na recuperação da energia vital no pós-parto, além de diminuir as cólicas uterinas e as chances de depressão pós-parto e auxiliar no aleitamento.
De acordo com o ginecologista e obstetra Dr. Rodrigo da Rosa Filho, da clínica Mater Prime, de São Paulo, a placenta é especialmente rica em ferro e hormônios como a ocitocina e alguns tipos de prostaglandinas. Mas, embora o ferro possa ser, de fato, absorvido pelo corpo da mulher após a ingestão da placenta, trazendo mais energia e ajudando na reposição sanguínea, ainda não há comprovação em relação aos hormônios, que teoricamente ajudariam na ejeção do leite e na involução do útero.
“Ainda não existem muitos estudos, alguns estão em andamento, então, o ferro é absorvido, mas pode ser que os hormônios sejam digeridos antes, no estômago e no intestino, e não tenham ação efetiva”, explica o médico.
As adeptas da prática reconhecem que a ciência ainda não comprovou a existência de benefícios, mas acreditam que nem tudo o que faz bem à saúde já foi amplamente pesquisado. Bela, inclusive, disse que não há respaldo científico na técnica, mas que a consumiu porque acredita ser uma fonte incrível de nutrientes.
Para o especialista, embora não haja ainda evidências científicas que recomendem o consumo da placenta, esta é uma prática que está se tornando cada vez mais comum e, para além dos possíveis benefícios, o que deve ser levado em consideração é a escolha da mulher. “Faz algum sentido. Mas a ciência ainda não comprovou nada. Não sou completamente contra e nem a favor. Acho que o desejo da mulher deve ser respeitado e não há contraindicação”, comenta.
Comer placenta: cuidados
O único cuidado com a prática, no entanto, deve ser com a armazenamento do órgão. Algumas adeptas costumam consumir logo após a expulsão, em pedaços ou misturada em sucos e vitaminas, como fez Bela Gil. Outras, no entanto, mandam encapsulá-la. “É preciso ter o mesmo cuidado que temos com qualquer alimento”, finaliza o médico.
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