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Obesidade é hereditária? Entenda como os pais podem influenciar no peso dos filhos

Publicado 31 Ago 2016 – 05:15 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 12:57 PM EDT
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Apesar de não parecer preocupante para algumas pessoas e, por vezes, ouvirmos comentários, como “é normal ser gordinho nessa fase” ou “quando ele crescer ele vai ‘esticar’”, a obesidade infantil é grave e tem atingindo níveis alarmantes em todo mundo. De acordo com os dados de um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de crianças abaixo dos cinco anos com sobrepeso subiu de 32 para 42 milhões entre 1990 e 2014. A perspectiva é que, até 2025, esse número aumente para 70 milhões.

No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a porcentagem de crianças de 5 a 9 anos enfrentando esse problema já passa dos 33%. Mas qual será a real causa da obesidade infantil? Além da questão genética, ela pode ser desencadeada por um conjunto de fatores que inclui, principalmente, o mau exemplo dos pais na hora de se alimentar. Confira algumas dúvidas sobre essa doença que, se não tratada com seriedade, pode render várias complicações à saúde do seu filho, como diabetes e hipertensão:

Entenda as causas da obesidade infantil 

Obesidade é hereditária? 

Sim. Uma pesquisa feita pela Universidade de Medicina Albert Einstein e liderada pelo professor Robert Kaplan, nos Estados Unidos, apontou que um gene do sistema nervoso central pode estar ligado ao aumento de apetite. Ou seja, pessoas que herdarem esse gene variante, chamado de NRXN3, possuem 15% a mais de chances de se tornarem obesos, em relação às outras pessoas.

Porém, apesar de ser hereditária, vários outros fatores são decisivos para evitar ou potencializar essa característica como, por exemplo, a prática de exercícios e os hábitos alimentares.

Alimentação inadequada 

A obesidade, geralmente, começa quando a quantidade de alimentos ingeridos é maior do que o gasto energético. Uma pesquisa realizada com 1.000 crianças na Grande São Paulo revelou que, 33,5% delas consomem 72% a mais de gordura do que o recomendado. Essa quantidade corresponde a duas fatias de bacon ou a três colheres de sopa de óleo. 

Se a criança exagera nos alimentos gordurosos ou cheios de açúcar e sódio, deixando de lado frutas, legumes e verduras, os riscos dela se tornar obesa aumentam. Principalmente, a partir dos oito anos, quando ela já consegue tomar decisões sozinhas e, muitas vezes, encontra na comida uma grande fonte de prazer. Tudo isso, fora o reflexo no futuro, já que, de acordo com estimativas da Sociedade Brasileira de Pediatria, cerca de 80% das crianças com excesso de peso também se tornarão adultos obesos.

Hábitos familiares 

Os filhos, até certa fase, costumam seguir inteiramente o exemplo de seus pais. Seja no comportamento, na fala e, inclusive, na alimentação. A criança dificilmente conseguirá manter uma alimentação correta se, dentro de casa, seus pais só comerem frituras, gorduras e doces. Fazer com que toda família invista em hábitos alimentares saudáveis é determinante na luta contra a obesidade.

Sedentarismo 

A falta de estímulo para praticar exercícios físicos pode fazer com que a criança fique sedentária e corra o risco de atingir a obesidade. Principalmente nos dias de hoje, em que elas estão cada vez mais interessadas em atividades que não exigem nenhum movimento físico, como jogar videogame ou mexer no computador.

Realizar atividades físicas na infância, especialmente se a criança está acima do peso, é fundamental para fortalecer ossos, músculos e promover gasto energético. Além disso, elas também ajudam a controlar outros aspectos da saúde, como, por exemplo, a pressão arterial, glicemia e colesterol.

Fatores emocionais

Questões emocionais também são capazes de influenciar no aumento de peso da criança. Uma pesquisa feita pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo revelou que, situações traumáticas ou de perda e até mesmo o bullying, podem fazer com que a criança coma em excesso, pois ela acaba encontrando na comida uma forma de fugir da realidade e amenizar o sofrimento.  Nesses casos, além de ficar de olho na alimentação, é fundamental que os pais procurem um acompanhamento psicológico.

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