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5 problemas imunológicos que podem impedir a gravidez

Publicado 16 Ago 2016 – 09:00 AM EDT | Atualizado 14 Mar 2018 – 09:30 AM EDT
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Um levantamento realizado pelo diretor médico de um centro de diagnósticos com 11 mil pacientes atendidas nos últimos 10 anos revelou quais são as alterações imunológicas responsáveis pela infertilidade mais comuns. Ao compartilhar essas informações junto com as opções exames para detectá-las e alternativas de tratamento disponíveis, o especialista Ricardo Oliveira acredita em um maior êxito para se conseguir a gravidez.

Tratamentos para cinco problemas simples

Cerca de 98% das mulheres que tentaram engravidar e tiveram abortos espontâneos apresentam algum tipo de problema imunológico. Para vencer esta barreira, o imunologista especializado em reprodução humana, Ricardo de Oliveira, destaca a importância da investigação do perfil genético e imunológico do casal. "Na grande maioria dos casos os problemas podem ser diagnosticados com exames simples e de forma convencional. Há sempre uma causa para infertilidade, que pode ser investigada e tratada com mais de 90% de êxito”, afirma.

Muitas vezes as mulheres apresentam mais de uma causa. Com base em um levantamento de 11 mil pacientes atendidas ao longo de 10 anos, o médico aponta os problemas imunológicos mais frequentes que podem impedir a implantação do embrião ou mesmo provocar abortos precoces:

Tiroidite

Doença autoimune que leva ao hipotireoidismo. O problema faz com que a mulher produza anticorpos que causam falha na implantação do embrião ou inflamação na placenta, provocando o aborto.

Qual a incidência? 
20% das mulheres.

Que exame pode detectar? 
Anticorpo antiroglobulina e antimicrossomal feitos por meio de exame de sangue.

Como é o tratamento?
Com uso de corticoesteroides que não atravessam a placenta como a prednisona.

Endometrite Crônica

É uma inflamação do endométrio, tecido que reveste a parede interna do útero, causada por provável alteração imunológica e ou infecciosa. O problema impede a implantação do embrião. Não tem a ver com endometriose, que é a implantação do endométrio fora do útero. Após tratamento, a paciente volta a ser fértil.

Qual a incidência? 
80% das mulheres com infertilidade sem causa aparente e 30% das que tiveram aborto precoce.

Que exame pode detectar? 
A histeroscopia diagnóstica.

Como é o tratamento?
A histeroscopia cirúrgica, antibióticos, anti-inflamatórios.

Trombofilias

Provoca alterações na coagulação sanguínea e imunológicas, desenvolvendo anticorpos que atacam a placenta, impendido a implantação do embrião e provocando aborto.

Qual a incidência? 
20 a 60% das mulheres.

Que exame pode detectar?
A mutação do gene do fator V de (Leiden), mutação do gene do fator II (protrombina) e anticorpos antifosfolípides, feitos por meio de exame de sangue.

Como é o tratamento?
Com uso de enoxaparina sódica.

Aloimunidade

Imunidade a outro indivíduo. Quando o casal tem semelhanças genéticas, o corpo da mulher não reconhece a gravidez e interpreta o embrião como um corpo estranho e o rejeita.

Qual a incidência? 
61% das mulheres com aborto precoce.

Que exame pode detectar? 
A prova cruzada por citometria de fluxo, que mede os anticorpos contra linfócitos paternos no sangue da mãe.

Como é o tratamento?
Com vacina produzida com linfócitos do sangue do pai (ILP). Com isso, o organismo da mulher é estimulado a produzir anticorpos que identificam as proteínas paternas no embrião sem mais rejeitá-lo.

Fator antinuclear

Quando os anticorpos do próprio organismo impedem o avanço da gestação. Os auto-anticorpos da mãe “atacam” o embrião, causando intenso processo inflamatório placentário e ou fetal.

Qual a incidência? 
50% das mulheres.

Que exame pode detectar? 
A dosagem de fator anti-núcleo (FAN).

Como é o tratamento? 
Com prednisona (que é um corticoide), porque não atravessa a placenta, trata a inflamação e permite uma gestação normal.

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