Foi um baque e tanto quando Renata Marques de Oliveira descobriu que o filho, Breno, tinha um tumor na cabeça. E a dor só aumentou ao ouvir dos médicos quão complicado era o caso do filho. Mas ela e Fabio, pai do menino, nunca desistiram e conseguiram encontrar tratamento e apoio para o pequeno.
Descoberta do câncer de Breno
O alerta para levar Breno a um neurologista veio dos professores da escola onde ele estudava. Ele começou a engordar demais e os professores alertaram para uma mudança de comportamento. Foi então que a família procurou ajuda.
Depois de passar por uma ressonância a pedido do médico, a família descobriu que o filho estava com câncer. Renata já sabia que enfrentar a doença não seria fácil, mas o impacto foi grande quando chegou a ouvir de especialistas que não havia tratamento para o caso do seu filho.
Não foi fácil e nem rápido. Foram meses até encontrar um hospital para cuidar do caso de Breno. Quando conseguiu, a mãe não ficou satisfeita com o tratamento que estava sendo oferecido ao filho. Ela queria mais.
Tratamento finalmente chegou
Renata começou a pesquisar lugares que oferecessem tratamentos gratuitos para o câncer, quando se lembrou GRAACC – Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer, instituição localizada em São Paulo e que tem a missão de garantir a crianças e adolescentes com câncer, dentro do mais avançado padrão científico, o direito de alcançar todas as chances de cura com qualidade de vida.
“Ela pediu socorro e eu falei: ‘pode vir!'”
Na mesma hora ela entrou em contato com a instituição e pediu por um tratamento para Breno. “A gente costuma receber várias ligações de mães pedindo para que as crianças sejam transferidas para o nosso instituto. A mãe do Breno foi uma dessas mães. Ela pediu socorro e eu falei: ‘pode vir!'”, contou Nasjla Saba da Silva, oncologista pediátrica do GRAACC.
Renata e Breno tiveram que se mudar para São Paulo e ficaram hospedados na Casa Ronald McDonald São Paulo – Moema, localizada próxima ao GRAACC. Mesmo com toda a estrutura e suporte oferecidos, a adaptação não foi fácil. “O Breno sentia muito a falta do pai. A gente nunca tinha se separado”, conta a mãe do menino. Mas ela estava decidida a enfrentar mais esse obstáculo.
Resposta ao tratamento
A recompensa e a superação veio com a evolução de Breno, que começou a responder bem ao tratamento.
Além de remédios e quimioterapia, o apoio psicológico conta muito na recuperação do paciente e ajuda a família a passar pelo problema de uma maneira mais leve e foi o que aconteceu com Fabio e Renata, pais de Breno.
Para Renata, o acolhimento oferecido pela Casa Ronald McDonald, que hospeda os pacientes e os familiares, foi essencial. “A casa é vital para o tratamento de Breno, para a evolução do quadro”, revelou Renata, que considera a interação social que eles promovem entre as crianças algo muito importante para a autoestima e desenvolvimento dos pequenos.
Além de oferecer atividades para as crianças, a casa também tem um espaço onde as mães e outros familiares que acompanham os pacientes podem desenvolver artesanatos e vendê-los. “É bem legal”, afirmou Renata.
Como o McDia Feliz ajuda mais de 60 mil crianças e adolescentes
O Instituto Ronald McDonald é uma organização que desenvolve e coordena programas que possibilitam o diagnóstico precoce, o encaminhamento adequado, o acolhimento e o atendimento integral para crianças e jovens com câncer e seus familiares. A principal campanha que beneficia os projetos do Instituto é o McDia Feliz, uma das maiores arrecadações de fundos do Brasil, liderada pela Arco Dorados e pelo sistema McDonald’s.
Esta ação acontece desde 1988 e, na sua 30ª edição, que acontece no próximo dia 25 de agosto, o McDonald’s fez uma parceria com o Instituto Ayrton Senna, visando ajudar outras causas sociais, como a educação e o desemprego juvenil.
O apoio à instituições que ajudam a tratar crianças e jovens com câncer continua. Desde sua primeira edição, o McDia Feliz já arrecadou mais de R$ 200 milhões para ajudar a causa. E, hoje, graças ao apoio de muitos, o Breno segue em tratamento. Além dele, outras 60 mil crianças já foram ajudadas pelo Instituto Ronald McDonald.
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