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Ex-jogador refugiado ganha lar para ver jogo: “Como se estivesse com minha família”

Publicado 22 Jun 2018 – 02:49 PM EDT | Atualizado 22 Jun 2018 – 02:53 PM EDT
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Nada melhor do que se juntar com a família ou amigos para torcer pela nossa seleção na Copa do Mundo. O coração fica apertado, mas quando sai um gol, junto vem um grito de comemoração e alívio, embora a tensão continue até o fim da partida.

Mas você já pensou se estivesse morando em outro país durante a Copa, sem sua família. Essa é a situação do refugiado congolense Joel Nzolele, de 26 anos, que teve a oportunidade de assistir ao jogo Brasil X Suíça na casa de uma família brasileira.

Projeto realiza encontro entre brasileiros e refugiados na Copa

Joel chegou no Brasil em janeiro de 2016. Ele veio da República Democrática do Congo e teve que deixar o país porque estava sendo ameaçado e perseguido.

Embora tenha deixado toda sua família na África, ele trouxe a paixão pelo esporte para o Brasil. “O futebol está na minha vida desde criança, eu joguei profissionalmente até os 15 anos”, revelou Joel.

Ele, que já se sente um brasileiro - pelo menos na Copa -, não podia deixar de viver a experiência de assistir a um jogo do Brasil ao lado de brasileiros. E quem proporcionou isso a ele foi a biomédica Caroline Petukauskas, de 31 anos.

Joel e Caroline nunca tinham se visto. Um chegou até o outro por intermédio do projeto Meu Amigo Refugiado, que abriu inscrições para quem quisesse receber um refugiado em casa nos dias de jogos do Brasil.

“Decidi me inscrever porque é uma causa com a qual eu simpatizo. Já morei fora do Brasil, não como refugiada, e mesmo sabendo que voltaria para meu país, me sentia sozinha, imagina eles, que estão aqui sem a família e os amigos”, revelou Caroline.

Como é a comemoração da copa na África

Não só Caroline, como toda sua família adoraram a experiência e a companhia de Joel. “Foi incrível. Ele é uma pessoa sensacional, conversou comigo e com a minha família o tempo todo e nos mostrou várias coisas do país dele”.

Já Joel não só gostou de conhecer Caroline e as outras pessoas que estavam lá, como se sentiu em casa. “Me senti como se estivesse com a minha família, celebrando algo que gosto”, contou o refugiado, que está no torcida pelo hexa. “Ele ficou mais fissurado no jogo do que eu”, afirmou Caroline.

Joel também fez comparações de como a Copa é celebrada aqui e em seu país. “O povo brasileiro tem o futebol no sangue também. Me lembrei bastante do meu país, os enfeites na rua e as comemorações são muito parecidas”.

Mais do que abrir as portas de casa para receber Joel, Caroline abriu seu coração e ganhou um amigo. “É uma pessoa muito querida, eu com certeza vou manter contato com ele e chamá-lo para participar de outras reuniões lá em casa”, finalizou a biomédica.

Atitudes admiráveis durante a copa

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