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Fala de Anitta sobre suas origens foi MUITO aplaudida em Harvard: veja o que ela disse

Publicado 9 Abr 2018 – 11:00 AM EDT | Atualizado 26 Mar 2019 – 05:21 PM EDT
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Anitta deixou de ser apenas uma cantora brasileira há muito tempo. Como se referem as pessoas na internet, "ela é uma das únicas instituições do Brasil que ainda funcionam", lançando hits, campanhas e parcerias musicais internacionais que a colocam no topo do sucesso.

Em uma aplaudida palestra no evento Brazil Conference da Universidade de Harvard com o Massachusetts Institute of Technology, o MIT, em Boston, nos Estados Unidos, a cantora falou um pouco mais sobre suas origens e como o sonho de cantar deixou de ser lazer para a colocar como empresária de si mesma em uma carreira impressionante.

Palestra de Anitta em Harvard: Brazil Conference

https://instagram.com/p/BhP7lWBgJvJ/

Anitta falou em Harvard sobre uma realidade muito comum aos brasileiros que vivem em regiões periféricas das grandes cidades. Nascida no bairro Honório Gurgel, no subúrbio do Rio de Janeiro, a artista passou por escolas públicas e fez um curso técnico de Administração, enquanto desejava se realizar profissionalmente na música.

Origem de Anitta

"Nasci em Honório Gurgel, subúrbio do rio, quase na favela. Duas ruas antes de ser favela. Fiz ensino público e curso preparatório técnico de administração", contou. "O curso fez muita diferença, sempre quis ser artista, mas a gente era muito pobre. Eu queria fazer artes, o que tivesse a ver com música...Mas meu pai negou, dizia que eu precisava estudar para ter um emprego fácil".

Anitta conta que sua mãe trabalhava fazendo bolsas e "ganhava R$ 0,80 por cada uma" e seu pai vendia baterias de carro. Para lutar por condições de vida melhores, a jovem, então, passou a estagiar em uma empresa, a Vale do Rio Doce, e chegou até a trabalhar como vendedora de loja de roupa. Sua vontade, entretanto, sempre foi cantar.

Por que ser artista era visto como um sonho

"Eu sempre falei que ia ser artista, mas as pessoas que desacreditavam que isso seria possível, porque não tinha surgido nenhum artista de sucesso de onde eu nasci. Era visto como uma coisa de fantasia, um sonho", declarou. "Não acreditavam que seria uma fonte de renda, viam muito como lazer".

Acontece que Anitta acreditou nessa "fantasia". Gravou um vídeo cantando e colocou na internet, e passou a lutar pelos espaços para levar o funk, ritmo que surgiu nas favelas e subúrbios brasileiros, ao grande público.

A frase muito aplaudida

"Antes de cantar, eu nunca tinha ido na Zona Sul do Rio de Janeiro. E para quem nasceu naquela realidade [no Honório Gurgel], é muito difícil você cantar sobre coisas lindas, o barquinho vai, a tardinha cai. Você não está nem vendo isso. O funkeiro canta a realidade dele", pontuou, sob aplausos da plateia.

"Se ele acorda e vê gente armada, se drogando, pessoas se prostituindo...acaba que aquilo é super normal".

A cantora destacou que ainda sentiu bastante preconceito com sua música no início da carreira, porque as pessoas associam o funk a algo "ruim, de baixo nível, uma coisa pobre".

Por essa razão, Anitta destacou que o funk e as oportunidades de carreira que ele gera têm se tornado um importante elemento para "diminuir os problemas" de quem vive em situações de falta de acesso.

"Não estou dizendo que o funk é salvação da pátria, mas ele ajuda a diminuir nosso problema. Conheço funkeiros que eram traficantes, roubavam e dançarinas que se prostituíam", revelou, destacando que, ao erguer a carreira de um artista de funk, muitas outras pessoas passam a ter outras chances de vida, sendo produtos, DJ, empresário, motorista, entre outras funções importantes para o mundo do entretenimento.

Veja o vídeo inteiro da entrevista, publicado pelo canal Central Anitta, com a transmissão do evento:

Carreira e vida de Anitta

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