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Lâmpada criada por brasileiro está levando luz a lugares onde não há energia

Publicado 1 Nov 2017 – 02:47 PM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 01:13 PM EDT
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Quando Alfredo Moser instalou uma lâmpada artesanal em sua casa, feita de água e alvejante, durante um apagão elétrico que o Brasil viveu no início dos anos 2000, ele não poderia imaginar que acabaria ajudando milhares de pessoas.

É que a organização não-governamental Litro de Luz vem utilizando essa invenção - e sua evolução - para levar iluminação sustentável a lugares do Brasil que não tem acesso a energia elétrica.

Tudo começou quando o filipino Illac Diaz viu na solução de Moser um jeito de ajudar famílias carentes em seu país. Assim foi criado, em 2012, o projeto, que é vinculado a sua outra ONG, a " My Shelter Foundation", focada em promover projetos sustentáveis de baixo custo.

Desde então, a ideia já foi levada a países como Quênia, Colômbia, Honduras e, claro, Brasil.

A lâmpada que não precisa de energia

A garrafa de Alfredo, que ilumina graças à reação química, gerou a ideia de fazer uma lâmpada um pouquinho mais sofisticada: composta de garrafa plástica que viraria lixo, painéis solares simples para captação de energia e lâmpadas de LED de custo baixo, a tecnologia é "simples, econômica e ecologicamente sustentável", defende a organização em seu site oficial

Sem nenhuma preocupação em deter esse tipo de tecnologia, a Litro de Luz promove cursos e oficinas para ensinar moradores das comunidades a produzirem as lâmpadas e cuidarem da manutenção. 

Segundo a ONG tudo é feito com uma "metodologia de Desenvolvimento Social que permite mapear comunidades, entender necessidades, capacitar moradores e mobilizar voluntários para as ações".

4 aplicações da tecnologia sustentável é utilizada:

  1. Lâmpada noturna usada para iluminar ambientes fechados, como os cômodos das casas das pessoas. Feita de garrafa PET, uma lâmpada de LED recebe a energia armazenada por uma bateria e captada por painéis solares que passaram o dia todo exposto ao sol.
  2. Postes públicos. Canos de PVC que sustentam as lâmpadas nos postes instalados nas ruas dos locais. A tecnologia é a mesma utilizada na lâmpada noturna.
  3. Lâmpada diurna. De fato, essa é a invenção de Alfredo Moser. Criada em 2002, ela usa uma mistura de água e alvejante dentro da garrafa PET que resulta em iluminação de ambientes internos durante o dia.
  4. Lampiões. A mais nova aplicação da tecnologia. A mobilidade do objeto é muito mais segura quando comparada aos tradicionais lampiões que usam fonte de gás para manter uma chama acesa.

Maior comunidade quilombola do Brasil foi iluminada 

Localizada na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, existe a comunidade Kalunga. A população de mais de 40 famílias, segundo dados da Secretaria Cidadão do estado goiano, ou 600 pessoas de acordo com a própria Litro de Luz. 

Configurando a maior comunidade quilombola do Brasil, o lugar só teve acesso a iluminação depois do trabalho da ONG, que instalou 57 postes e montou 80 lampiões junto com os moradores.

Além do território goiano, comunidades afastadas do Amazonas (Caapiranga e Comunidade de Dominguinhos), Paraíba (Campina Grande), São Paulo (Ferraz de Vasconcelos) e Rio de Janeiro (Duque de Caxias) também já receberam a iluminação da ONG.

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