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Qual é a origem as expressões que usamos? "Segurar vela", "arroz de festa" e mais 12

Publicado 6 Set 2019 – 04:58 PM EDT | Atualizado 6 Set 2019 – 04:58 PM EDT
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Nossa língua portuguesa, ainda bem, tem algumas expressões que dizem exatamente o que precisamos comunicar - mas muitas vezes a gente nem sabe de onde elas vêm. Listamos 14 expressões que todo mundo usa e que têm origens BEM antigas e, às vezes, até meio macabras. Confira.

Origem das expressões

“Fazer uma vaquinha”

Quem nunca fez uma vaquinha (nem que tenha sido com os amigos da escola para pagar a formatura), que atire a primeira pedra. A expressão não é tão antiga e surgiu na década de 20: a torcida do Vasco queria dar uma forcinha para o time e começaram a juntar dinheiro para dar a eles caso vencessem. Quando eles tinham uma vitória importante ganhavam 25 mil réis, que era o número da vaca no jogo do bicho.

“Tirar o cavalinho da chuva”

Provavelmente você já disse isso quando aquele @ achou que ia ganhar uma segunda chance. Essa expressão era utilizada quando os cavalos eram o principal meio de transporte – ao visitar rapidamente alguém, o dono do cavalo o deixava desprotegido na rua mesmo, mas se desistisse da ideia e resolvesse ficar mais tempo, precisava “tirar o cavalo da chuva”.

“Espírito de porco”

Coitadinhos dos porcos que não fizeram nada para merecer essa expressão. O que acontece é que, no Novo Testamento, uma passagem do Evangelho de São Marcos diz que Jesus permitiu que espíritos ruins fosse transferidos para porcos.

"Segurar vela”

Se você nunca foi a vela de nenhum casal, é privilegiado, sim! A expressão vem lá da Idade Média, quando existiam empregados cujo trabalho era segurar vela para que outras pessoas pudessem trabalhar. Além disso, é possível que esses empregados tivessem que segurar a vela para seus patrões também na hora do sexo – em que ficavam lá de costas fazendo uma iluminação romântica.

“Meia tigela”

Na era monárquica portuguesa, a comida também era parte do pagamento pelo trabalho. Se os patrões estivessem insatisfeitos com o serviço ou com o comportamento, davam apenas meia tigela de comida.

“Santo do pau oco”

Vamos combinar que isso é o que MAIS tem por aí, né. A expressão surgiu entre os séculos 18 e 19, na época das minerações. Para contrabandear ouro sem ter que pagar impostos, algumas pessoas colocavam o minério no interior das estátuas, que geralmente eram de santos.

“Pé-rapado”

Antigamente, as casas tinham uma espécie de aro perto da entrada para que as pessoas limpassem a terra dos pés antes de entrar. Os ricos que chegavam de carruagem quase não sujavam os pés, já os pobres, que vinham andando, precisavam “rapar” muito o pé no aro para limpar.

"Quintos do infernos”

Na época da colonização, o imposto que os colonos cobravam dos exploradores era chamado de “quinto”, porque correspondia a 20% do ouro extraído. Por isso, quando os navios voltavam a Portugal carregados de minérios, os portugueses diziam que eram as “Naus dos quintos dos infernos”. Aliás, no caso, o inferno era o Brasil mesmo.

“Casa da mãe Joana”

A expressão nasceu no século 14, quando Joana I, rainha de Nápoles, precisou fugir para a França. Lá, ela começou a regulamentar todos os bordéis, que passaram a ser conhecidos como "casas da mãe Joana".

"Blá blá blá”

A expressão que dizemos quando alguém está falando demais vem de um encurtamento de “blague”, verbo francês que significa piada ou brincadeira, no sentido de “coisa ridícula”.

“Arroz de festa”

Sabe aquele seu amigo que está em TODOS os rolês? Ele mesmo, o arroz de festa. A expressão vem da época da colonização, quando o arroz doce era, de longe, a sobremesa mais comum nas festas, basicamente um prato obrigatório em todas as confraternizações.

“Sem eira nem beira”

A expressão tem origem na arquitetura das casas antigas. Eiras e beiras eram detalhes nos telhados (havia ainda um terceiro, chamado tribeira) - quanto mais rica a família, mais detalhada era a casa. Por tanto, os mais pobres não tinham eira, nem beira.

“Pagar mico”

Está aí uma expressão que conhecemos bem e o mico, nesse caso, vem do baralho infantil do Jogo do Mico. No jogo, todas as cartas têm duplas de animais, uma com um macho e uma com uma fêmea, exceto o mico, que não tem par. Perde quem “paga o mico”, ou seja, quem termina com a carta dele na mão.

“Por a mão no fogo”

Na Idade Média, a inquisição da Igreja Católica castigava os hereges os obrigando a segurar um pedaço de ferro quente. Depois de alguns dias, se a mão estivesse queimada, a pessoa ia para a forca; se não, era sinal de inocência. Por isso, “por a mão no fogo” por uma pessoa acabou adquirindo um significado de confiar plenamente na inocência dela.

Expressões que usamos

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