Filmes que são "muito 'Black Mirror'": 21 boas indicações para quem gostou da série
Se você já assistiu ao menos um episódio de “Black Mirror”, sabe bem: tecnologia demais sempre termina mal. Mas muito antes da série de Charlie Brooker conquistar a Netflix, muitas outras obras exploraram esse tema de forma bem parecida – e vão te deixar igualmente bolado.
Listamos 19 filmes e mais 2 séries que são muito “Black Mirror” – se você gosta do nó na cabeça que a série provoca, precisa conhecê-los.
Filmes parecidos com "Black Mirror"
#1 "Ex-Machina: Instinto Artificial" (2015)
O filme acompanha a história de Caleb (Domhnall Gleeson), um programador de computadores que vence um concurso para participar de um teste com uma criação do célebre e genial (porém excêntrico) presidente da empresa onde trabalha. Ao chegar na casa de Nathan Bateman (Oscar Isaac), Caleb conhece Ava (Alícia Vikander), uma robô com inteligência artificial criada pelo executivo.
O problema é que quanto mais Caleb convive com Ava, mais difícil fica não se apegar à personalidade ultra sofisticada e humana da máquina. Durante a experiência, o protagonista começa a ficar divido entre o que Ava diz e o que seu chefe diz e não sabe mais em quem confiar.
Vencedor do Oscar de Melhores Efeitos Especiais, “Ex-Machina” extrapola o limite das inteligências artificiais que já existem no mundo real para mostrar como a tecnologia pode se misturar às emoções humanas.
#2 "O Lagosta"
Em um futuro distópico, todas as pessoas são obrigadas a se casar e, caso não consigam encontrar um parceiro, são transformadas em um animal para o resto da vida. O filme, então, acompanha a história de David (Colin Farrell), enviado ao Hotel, local onde os hóspedes têm 45 dias para encontrar um parceiro definitivo, antes da sentença final.
No meio do caminho, David tem contato com uma espécie de colônia de refugiados, formada por pessoas que decidiram burlar esse sistema. Quem gostou do episódio “Hang the DJ”, de “Black Mirror”, vai encontrar semelhanças no tema: principalmente na abordagem da obrigação e no “jogo” de encontrar um namoro ideal.
#3 “Ela”
E se a assistente de voz do celular conversasse de verdade com você? Este é o ponto de partida de “Ela”, em que Joaquin Phoenix interpreta um homem solitário que compra um novo sistema para seu computador, equipado com uma assistente de inteligência artificial – cuja voz é de Scarlett Johansson.
Acontece que Samantha (a “Siri” do filme) é muito mais independente do que ele imaginava e os dois acabam se apaixonado. Assim, “Ela” também explora a solidão e as emoções humanas – e como a tecnologia pode tornar tudo ainda mais catastrófico.
#4 “Minority Report”
Inocente até que se prove ao contrário? Não em “Minority Report”. Em um futuro distante, a polícia consegue prender criminosos antes que eles cometam um crime. Já imaginou a desgraça em potencial, né? O personagem principal é John (Tom Cruise), um policial desta divisão pré-crime e especialista na captura de “futuros criminosos”.
O problema é que, um dia, a polícia vê – atrás de uma tecnologia meio “mística” que eles têm - que ele é quem cometerá um crime nas próximas 36 horas. A partir daí, ele precisa correr contra o tempo para descobrir o que está acontecendo e se inocentar.
#5 “Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças”
Além da história romântica supertriste e sentimental protagonizada por Kate Winslet e Jim Carrey, “Brilho Eterno” levanta um discussão muito interessante sobre a forma como lidamos com as dores e decepções da vida.
No filme, após o fracasso do relacionamento, Joel (Jim Carrey) decide esquecer Clementine (Kate Winslet), utilizando uma tecnologia que apaga memórias. O problema é que no meio do processo ele acaba desistindo e precisa tentar “esconde-la” em memórias que não serão apagadas. Assim como em “Black Mirror”, qualquer tecnologia utilizada alterar o curso natural da vida vai dar MUITO errado.
#6 “O Preço do Amanhã”
No filme estrelado por Justin Timberlake e Amanda Seyfried, tempo não só é dinheiro, como também vida. Em um futuro distópico, as pessoas nascem com relógios acoplados ao corpo e trabalham em troca de mais tempo de vida. Enquanto alguns vivem, literalmente, um dia de cada vez e precisam trabalhar muito para sobreviver, outros têm centenas de anos de vida, que utilizam para manter um estilo de vida luxuoso.
Com uma discussão bem original e interessante sobre desigualdade social, o personagem de Timberlake é pobre de tempo e, após a morte da mãe, decide sair da periferia onde mora para confrontar os ricos o roubar o tempo deles.
#7 “Amizade Desfeita”
Para quem curte um terror mais sangrento, “Amizade Desfeita” é uma boa opção: um ano depois do suicídio de Laura (Heather Sossaman), um grupo de amigos percebe uma presença estranha no grupo de Skype deles, que diz ser a garota e começa a aterrorizar geral.
A causa do suicídio da adolescente é o vazamento de um vídeo particular dela, que começa a circular entre o grupo de alunos de sua escola. Assim, o filme parte de um problema atual e real para extrapolar no sobrenatural usando, claro, o mesmo ambiente tecnológico dos grupos on-line.
#8 “A Origem”
Nem os nossos próprios sonhos são secretos no mundo de “O Origem”. Leonardo DiCaprio interpreta Cobb, um ladrão que invade os sonhos das pessoas para descobrir seus segredos. É claro que uma ferramenta dessa vira um perigo gigantesco.
Na história, acompanhamos a jornada de Cobb na missão de não só invadir a mente de uma pessoa, mas plantar uma ideia lá e, assim, nasceria o crime perfeito. Dica: se você ainda não assistiu, não procure mais nenhuma informação antes – quanto mais surpresa, melhor!
#9 “O Show de Truman: O Show da Vida”
O filme estrelado por Jim Carrey já completou 20 anos, mas continua mais atual do que NUNCA. Nele, acompanhamos a história de Truman, um homem que tem a vida inteira, desde o nascimento, transmitida como um reality show ao mundo inteiro – e só ele não sabe disso.
Assim, todas as pessoas em sua vida, assim como seu trabalho e seus relacionamentos são uma farsa, protagonizada por atores. Uma mistura perfeita de “Big Brother” com “Black Mirror” – especialmente o episódio “Arkangel”.
#10 “Sem Limites”
Mais uma vez, como em “Black Mirror”: se alguma tecnologia facilitou demais a sua vida, vai dar problema. No filme, acompanhamos a história de Eddie (Bradley Cooper), um escritor sofrendo de bloqueio criativo, que decide tomar um comprimido revolucionário que permite o uso de 100% da capacidade do cérebro.
De imediato, todos os problemas se resolvem: ele é capaz de memorizar tudo, aprender idiomas, devorar livros. No entanto, claro, com o tempo, essa capacidade e dependência vai começar a causar problemas para ele – e chamar atenção de pessoas perigosas.
#11 “O Círculo”
No filme, Emma Watson interpreta Mae, que ao ser contratada para trabalhar em uma grande empresa de tecnologia, acaba se tornando uma espécie de cobaia de um novo produto, que monitora sua vida e, inclusive, afeta seus relacionamentos.
Assim, a principal discussão do filme é bem atual: a invasão de privacidade digital e como as empresas utilizam as informações que obtém dos usuários digitais.
#12 “O Homem Bicentenário”
Um dos papéis mais marcantes de Robin Willians também discute a inteligência artificial. O ator interpreta Andrew, um robô criado para ser uma espécie de assistente pessoal e “faz-tudo” de uma família. O problema é que uma das crianças da casa começa a se afeiçoar à máquina, que vai se tornando cada vez mais humana.
Andrew, então, acompanha duas gerações da família, enquanto conhece outra robô – tão humana quanto ele – e começa a questionar seus propósitos e as leis de servidão a que está submetido.
#13 “Nerve: Um Jogo Sem Regras”
Aqui, o problema vem das redes sociais – como no episódio “Nose Dive” ou “Shut Up and Dance”, de “Black Mirror” – e conta a história de uma garota, interpretada por Emma Roberts, que decide entrar em um jogo on-line controlado por outros usuários.
Assim, ela começa a receber ordem bem bizarras e cada vez mais arriscadas, mas, decidida a vencer o jogo, começa a executar todas as tarefas. Obviamente, esta história tem tudo para terminar mal, mas o mais interessante é observar a jornada da protagonista em seu “vício” pelos likes e pela aprovação dos seguidores.
#14 “Looper: Os Assassinos do Futuro”
O ano é 2044 e as viagens no tempo já são uma realidade, mas só para quem tem muita grana e principalmente para o mercado negro. Joe (Joseph Gordon-Levitt) é um dos participantes dessa máfia e trabalha como assassino, voltando ao passado para eliminar inimigos do futuro.
O problema é que, um dia, ele descobre que seu novo alvo é ele mesmo, só que mais velho (interpretado por Bruce Willis). O filme tem uma premissa parecida com “Minority Report”, mas segue mais pelo gênero de ação e perseguição policial.
#15 “Quero Ser John Malkovich”
O filme conta a história de Craig (John Cusack), um homem que descobre uma porta “mágica”, que o transporta para dentro da mente do ator John Malkovich, onde pode permanecer durante alguns minutos e experimentar sensações através dele. Chocado, ele decide alugar essa viagem para outras pessoas – inclusive para o próprio John Malkovich.
O problema é que Craig descobre que é capaz de manipular a mente do ator e começa a passar cada vez mais tempo nela, mexendo inclusive com os relacionamentos dele e do ator. Essa premissa lembra o episódio “Black Museum”, que fala sobre uma tecnologia capaz de transportar a consciência de uma pessoa para dentro da mente de outra e – não precisamos nem dizer – dá errado.
#16 “No Limite do Amanhã”
O filme se passa em um futuro apocalíptico, no qual o planeta foi tomado por alienígenas. Neste cenário, temos Bill (Tom Cruise), um agente das Forças Armadas dos EUA que acaba preso em um looping de tempo e é obrigado a reviver o mesmo dia várias vezes.
Assim, ele começa a usar essa “habilidade” para a guerra. Ao lado da guerreira Rita (Emily Blunt), o agente começa a se antecipar a todos os movimentos de seus oponentes e fica obcecado com a estratégia para mudar o rumo dessa batalha.
#17 “Chappie”
No futuro, a África do Sul decide trocar seus policiais por uma armada de robôs superinteligentes e resistentes. O criador destas máquinas, no entanto, decide pegar um dos modelos defeituosos e atribuir emoções a ele. E está armada a confusão.
O robô Chappie, então, aprende a pensar por conta própria e, após um sequestro, entra para um grupo de ladrões. A partir daí se inicia um jogo de gato e rato, em que o robô e seu criador começam a ser perseguidos por inimigos.
#18 “Blade Runner: 2049”
Uma das franquias de ficção científica mais famosas do mundo ganhou um novo filme em 2017. Desta vez, o dilema dos replicantes vai mais além da crise de identidade, já que eles são colocados para caçar uns aos outros.
No novo filme, os robôs são capazes de se reproduzir, o que, claro, vai deixar os humanos em pânico, já que isso pode causar uma guerra. Aclamados, os filmes de “Blade Runner” são obrigatórios para fãs de ficção.
#19 “Matrix”
Se você gosta de “Black Mirror” é bem provável que já tenha visto “Matrix”, mas se não, precisa conhecer o maior clássico do gênero. No filme, Keanu Reeves é um programador que descobre estar sendo vítima, junto com outros, de um sistema que manipula a realidade das pessoas, enquanto as utiliza para gerar energia.
Um dos maiores influenciadores da ficção científica mais recente, “Matrix” coloca em cheque o que é real de verdade ou não – e pode acreditar, fez muita gente acreditar que estava vivendo em uma simulação.
#20 “Westworld” (série)
Uma das séries de maior sucesso da HBO, “Westworld” é uma megaprodução que tem tudo para agradar os fãs de “Black Mirror”. Na história, uma empresa constrói parques temáticos ultrarrealistas, equipados com robôs que são personagens de diversas narrativas. Assim, os clientes podem entrar lá e fazerem, literalmente, o que quiserem com os robôs – tudo está liberado, já que não são humanos.
O parque, claro, vira um show de violência e abuso por parte dos clientes, que entram lá para satisfazer seus desejos mais obscuros. No entanto, quando a robô Dolores (Evan Rachel Wood) começa a ter lapsos de consciência, a mecânica do parque entre em crise, e uma grande discussão ética começa a surgir.
#21 “Eletric Dreams” (série)
Baseada na obra literária de Philip K. Dick (autor do livro que inspirou “Blade Runner”), a série da Amazon Prime é bastante comparada a “Black Mirror”, já que as duas têm premissas bem parecidas e utilizam extrapolações tecnológicas para, na realidade, analisarem e filosofarem sobre a natureza humana.
Uma das principais diferenças entre as duas é que, enquanto “Black Mirror” parece mais real, “Eletric Dreams” tem um clima mais futurista, distante da realidade.
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