3 teorias da conspiração legitimamente brasileiras e o que há de real em cada uma
A criatividade brasileira passa dos limites sempre que vê pela frente um mistério. Basta que algo saia do normal para todos os alertas de teorias de conspiração começarem a tocar. E isso não é de hoje: existe no arquivo da Biblioteca Nacional uma carta do ano de 1764 que originou diversas lendas sobre uma cidade perdida banhada de ouro.
3 teorias da conspiração legitimamente brasileiras
Brasil vendeu as Copas
Esse boato começou por correntes em e-mails na final da Copa do Mundo de 1998 e virou meme em 2014, depois do vexame do 7x1, sofrido pela Alemanha na semi-final da competição.
Tudo surgiu por meio de boatos divulgados que começavam sempre da mesma forma: “"Copa 98 - Divulgado o escândalo que todo mundo suspeitava! Talvez, isso explique a razão de o jogador Ronaldinho ter declarado a seguinte frase: ‘Se as pessoas soubessem o que aconteceu na Copa do Mundo, ficariam enojadas (...)'".
Você já deve ter lido isso por aí em diferentes momentos, o que muda é o ano e o nome do jogador, sempre adaptados de acordo com o torneio.
O boato sempre dá conta de escândalos sobre corrupção na Fifa ou na CBF e diza que o Brasil havia perdido a final de 1998 (ou 2006, ou 2010, ou 2014... basta a seleção se dar mal na competição que a teoria ressurge) de propósito e os jogadores estavam decepcionados com a “venda” da competição, o que os teria forçado a perder – a derrota nunca é atribuída à incompetência técnica.
Na verdade, se trata de uma das correntes mais antigas e tradicionais da internet brasileira.
Tudo se torna nebuloso para os teóricos da conspiração porque o texto é atribuído ao diretor da ESPN, ou da Globo dependendo da versão, o “jornalista Gunther Schweitzer”. Embora Gunther realmente exista, ele não é jornalista e nem curte muito futebol. Dizem que foi ele que “denunciou” o escândalo das Copas por uma confusão em seu e-mail ainda em 1998, como falou ao site da ESPN.
Documento 512
Esse documento oficial que está hoje na Biblioteca Nacional originou várias teorias da conspiração e histórias de ficção, além de ter feito uma série de aventureiros se perderem pelo interior do Brasil. Trata-se de uma carta manuscrita do ano de 1754 na qual um grupo de bandeirantes narra a expedição em busca das minas de prata descoberta anos antes.
A carta seria “o mapa da Cidade Perdida” e segundo o documento, um bandeirante chamado Moribeca descobriu a localização de uma cidade lendária e riquíssima. Nunca ninguém encontrou o tal lugar, mas muita gente o procurou.
Um dos mais famosos foi o Coronel Percy Fawcett, um arqueólogo britânico que desapareceu no Brasil em 1925 quando liderava uma expedição em busca da cidade perdida. A lenda teria inspirado muitas obras da cultura pop, segundo o site da Biblioteca Nacional, desde “As minas do rei Salomão”, livro escrito por Rider Haggard em 1886, até o filme “Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida”. Já uma cinebiografia de Fawcett estreou em 2017.
ET de Varginha
O caso do ET de Varginha deixou pouca explicação e muitas teorias. Uma delas afirma que o corpo extraterrestre foi levado para a Universidade Estadual de Campinas e que o governo brasileiro teria cedido o ET ao exército americano. Em contrapartida, o Brasil ganharia um lugar em uma missão espacial.
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