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9 curiosidades sobre "O Labirinto do Fauno" que farão você gostar ainda mais dele

Publicado 11 Mai 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 16 Mar 2018 – 10:07 AM EDT
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Quem viu "O Labirinto do Fauno" certamente concorda que este é um daqueles longas-metragem que você pode assistir mais de uma vez sem se cansar. Além de ser um dos melhores filmes dirigidos por Guillermo del Toro, rapidamente se tornou um ícone do cinema de fantasia e não é nada fácil de se esquecer.

O filme conta a história de Ofelia (Ivana Baquero), uma menina com uma vida totalmente cheia de tragédias que conseguiu encontrar a esperança de um mundo melhor através da magia e fantasia. Esta história não é genial apenas pelo que se vê na tela, mas também pelos fatos curiosos que a cercam. Descubra nove curiosidades de “O Labirinto do Fauno” que, talvez, você desconheça.

Fatos curiosos sobre "O Labirinto do Fauno"

1. Título diferente em inglês
Embora na América Latina o filme seja conhecido como "O Labirinto do Fauno", a sua tradução para os Estados Unidos não foi tão literal. Por lá, a obra foi batizada de “Pan's Labyrinth”, no lugar de “Faun's Labyrinth” e tem uma explicação. Pan é um semideus grego representante dos pastores e rebanhos, metade humano e metade bode. A razão para que naquele país o título fosse diferente é simples o fato de que ele é mais conhecido como semideus grego, do que como o Fauno, da mitologia romana. E só com essa intenção foi que se trocou o nome porque ao longo de todo o filme traduzido, Pan não é mencionado em nenhum momento.

2. Um acidente anedótico
Guillermo del Toro teve um pequeno percalço pouco antes do filme, que hoje é considerada apenas ums anedota divertida  - embora, naquela época, deve ter causado muito estresse, para dizer o mínimo.  Após uma viagem de táxi em Londres, ao sair, o diretor esqueceu os esboços e notas de roteiro do filme, que estava escrevendo há quatro anos. Para sua sorte, e nossa também, o motorista percebeu que eles eram papéis muito importantes, e conseguiu entrar em contato com o autor para devolvê-los.

3. Destinada a ser Ofelia
A atriz Ivana Baquero acabou sendo Ofelia quase por pura coincidência do destino. O papel foi escrito para que uma menina de cerca de oito anos o interpretasse, mas depois que del Toro assistiu à audição de Baquero (que na época já tinha 10 anos), ficou impressionado. Para que ela se encaixasse no papel, o diretor fez uma mudança na idade da protagonista para que, com 11 anos, a atriz mirim conseguisse representar Ofelia melhor do que ninguém por causa de seu talento incrível.

4. Del Toro disse NÃO a Hollywood
Apesar da grande quantidade de ofertas de milhões de dólares em Hollywood e a pressão para que o filme fosse feito com produtores norte-americanos, Guillermo del Toro se manteve firme e se recusou a fazer o filme em inglês, porque se recusava a adaptar o roteiro às necessidades do mercado. Se tivesse cedido nesta decisão, o diretor teria conseguido um orçamento maior para o filme - inclusive, em Hollywood, chegaram a lhe oferecer duas vezes mais dinheiro que ele dispunha.

O diretor não só disse não aos produtores, assim como à legendagem. Como ele não estava satisfeito com o trabalho destes profissionais seu filme anterior, “A Espinha do Diabo”, del Toro decidiu ele mesmo legendar “O Labirinto do Fauno” em inglês para não perder nada do conteúdo com a tradução e transcrição dos diálogos.

5. Acusação à Igreja Católica
O gerente sempre se descreveu como uma pessoa católica não-praticante, mas isso não fez com que o tema catolicismo tivesse ficado de fora de seus trabalhos. Em “O Labirinto do Fauno”, o Homem Pálido, aquela criatura desagradável que tenta comer a menina, de acordo com o diretor, representa a Igreja:

"O homem pálido representa a igreja para mim. Ela representa o fascismo e a igreja devorando crianças ainda com um banquete abundante diante deles. Quase uma fome para devorar a inocência, para se comer a pureza."

6. O mesmo ator em dois papéis
Você sabia que o Fauno e Homem Pálido são interpretados pelo mesmo ator? Doug Jones, além de ser ator, é também um contorcionista, e é por isso que ele é capaz de fazer inúmeros movimentos estranhos e surpreendentes com seu corpo. O único inconveniente que o ator tinha nas filmagens era o fato de que não falava espanhol. Devido ao processo de maquiagem utilizado para convertê-lo em seus personagens, que levava cerca de cinco horas por dia, Jones usava esse tempo para aprender a dizer suas falas com precisão e autenticidade. Para a infelicidade do ator, del Toro acabou por dublar seu personagem, mas o fato de ter estudado espanhol tornou o processo muito mais simples de dublar e difícil de ser notado.

7. Ódio por cavalos
Del Toro, ao contrário da maioria das pessoas que os acham adoráveis, não suporta os cavalos. Ele nunca gostou destes animais, mas após as filmagens de “O Labirinto do Fauno”, seu ódio por eles aumentou. O filme contém várias cenas em que estes animais estão presentes, e foi muito difícil para a equipe para trabalhar com cavalos, até um membro do elenco se feriu por conta deles, o que fez com que o diretor gostasse deles menos ainda.

8. Referências a Goya e Pink Floyd
Os artistas se inspiram uns nos outros para criar grandes coisas, e este filme não foi uma excepção. Guillermo del Toro se inspirou na obra “Saturno devorando um filho” de Francisco Goya, para filmar a cena em que o Homem Pálido come as fadas de Ofelia. Além disso, o fanatismo do diretor por Pink Floyd também se transportou para o filme, já que a montagem musical da cena onde Ofelia abre um livro que começa a sair sangue é inspirada na canção "Is There Anybody Out There?", do álbum The Wall.

9. Experiência própria

A cena em que o padrasto de Ofelia mata um homem a garrafadas foi inspirada em uma experiência pessoal do diretor. Aparentemente, del Toro e um amigo entraram em uma briga de rua em que o amigo começou a dar golpes com uma garrafa de vidro que não quebrou, o que lhe causou mais danos à face.

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