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Jejum intermitente elimina células ruins do corpo e cria outras novas, diz nutricionista

Publicado 18 Jul 2019 – 10:35 AM EDT | Atualizado 18 Jul 2019 – 12:08 PM EDT
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Tão famosa quanto polêmica, a dieta do jejum intermitente consiste na regulação do período das refeições sem a necessidade de contar calorias ou eliminar determinados alimentos do cardápio.

O plano alimentar é conhecido por promover grande perda de quilos, mas também é alvo de críticas de profissionais de saúde apontam que passar muitas horas sem comer prejudica o funcionamento do organismo e traz prejuízos para a saúde.

Portanto, pessoas que desejam experimentar o jejum devem sempre contar com orientação médica.

Tipos de jejum intermitente

Em seu perfil no Instagram, a nutricionista funcional Patricia Davidson explica que há diferentes tipos de jejum intermitente e lista os benefícios de cada um:

  • Jejum de 12 horas: o sistema digestivo entra em descanso e não há mais produção de insulina.
  • Jejum de 14 horas: o corpo utiliza a gordura armazenada como fonte de energia.
  • Jejum de 16 horas: neste período, ocorre aumento da queima de gordura.
  • Jejum de 24 horas: inicia o processo de autofagia e liberação de cetonas para a corrente sanguínea.
  • Jejum de 36 horas: o aumento da autofagia chega a 300%.

O processo de autofagia, citado pela nutricionista, elimina células ruins do corpo e cria outras novas. Para entender melhor, a profissional fala sobre um estudo realizado pelo biologista celular Yoshinori Ohsumi, Nobel de Medicina de 2016, que afirma que o jejum intermitente promove não somente perda de peso, mas também melhora da saúde.

Como o jejum intermitente melhora a saúde

De acordo com o trabalho científico, há no corpo humano um mecanismo conhecido autofagia, que opera como se fosse um “controle de qualidade” do nosso organismo. O processo permite a reciclagem de nossas células degradadas, eliminando proteínas e organelas (que ajudam as células a funcionar) para, depois, renová-las.

Para chegar à conclusão, o pesquisador realizou um processo em que deixou uma célula “com fome”, de forma semelhante a como nosso organismo reage quando ficamos longos períodos sem comer. Foi observado então que a degradação das células gerava outra ação.

Ao perceber que o mesmo processo acontecia em uma única célula, descobriu que a autofagia realiza importantes funções fisiológicas. Para a célula chegar à autofagia, precisa estar degradada. E essa degradação é estimulada por intervalos maiores de jejum.

O estudo de Ohsumi mostrou como o jejum intermitente pode combater os malefícios do envelhecimento e ainda ajudar na cura do mal de Parkinson e diabetes tipo 2. O mesmo mecanismo também atua para eliminar bactérias intracelulares e diversos tipos de vírus do nosso organismo.

Jejum intermitente

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