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Professora de Harvard diz: alimento que muitos usam para emagrecer é 'puro veneno'

Publicado 21 Ago 2018 – 11:24 AM EDT | Atualizado 21 Ago 2018 – 11:24 AM EDT
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Uma recente palestra de Karin Michels, diretora do Instituto de Prevenção e Epidemiologia do Tumor da Universidade de Friburgo, na Alemanha, e professora da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, em Boston, causou agitação na web.

O motivo foi sua afirmação polêmica sobre o óleo de coco, alimento que passou a ser amplamente consumidos nos últimos anos por teoricamente auxiliar a perda de peso e melhorar a saúde cardiovascular.

Extraído a partir da fruta fresca madura, o óleo é rico em ácidos graxos saturados e insaturados. Seu consumo é feito tanto cru quanto cozido, em substituição a outros óleos.

Mutias pessoas o utilizam no cafezinho diário, o famoso "bulletproof coffee", uma aposta termogênica para acelerar a queima de gordura e manter a energia em alta.

Óleo de coco faz mal? Especialista desaconselha uso

Em sua fala, durante uma palestra na Universidade de Friburgo, compartilhada no YouTube da instituição, Karin Michels fala sobre como uma nutrição adequada pode preservar a saúde do organismo e até mesmo ajudá-lo na recuperação de doenças. Por isso, a especialista abordou, sobretudo, o que realmente comporta uma dieta saudável.

Para ela, o óleo de coco é um verdadeiro veneno para a saúde de quem o consome.

A discussão em torno da saudabilidade do óleo de coco não é exatamente uma novidade. No entanto, o discurso da especialista de Harvard endossa a opinião de outros órgãos de saúde, caso da American Heart Association (AHA), que atualizou recentemente suas diretrizes e recomenda que as pessoas evitem o óleo de coco, além de outras fontes de ácidos graxos saturados.

Mas Karin não apenas recomendou que as pessoas apenas evitassem o alimento: para ela, ele é puro veneno, sendo um dos piores alimentos que se pode consumir.

Segundo ela, o óleo de coco é mais perigoso do que banha de porco por conter quase exclusivamente ácidos graxos saturados, que podem entupir as artérias coronárias.

Ingredientes ricos em ácidos graxos saturados permanecem sólidos à temperatura ambiente, como é o caso da manteiga ou da banha. É comum encontrar esse componente em ingredientes de origem animal, como leite integral, carnes, embutidos etc. Por isso, o óleo de coco é uma exceção, já que sua origem é vegetal.

Ainda conforme explicou Karin, não há estudos contundentes que garantam todos os tão falados benefícios do óleo de coco para a saúde.

O que usar, segundo a professora

A especialista recomendou o uso do óleo de oliva ou de canola como alternativa, ricos ácidos graxos insaturados, que conferem efeito protetor ao organismo por reduzirem os níveis sanguíneos de colesterol ruim e triglicérides, resultando em proteção cardiovascular.

No Brasil

A Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) também decidiu se posicionar sobre o consumo do óleo de coco há algum tempo. E, assim como a professora de Harvard, a instituição desaconselhou a prescrição do alimento em diversos casos, dentre eles o tratamento para perda de peso e como componente com ação antibacteriana, antifúngica, antiviral e imunomoduladora.

Quem defende do uso do produto garante que os benefícios são atribuídos à melhora na função cognitiva, na prevenção do Alzheimer e até no tratamento antimicrobiano.

No entanto, a entidade afirma que há poucas pesquisas controladas sobre o uso do óleo de coco para humanos e declara ser contra seu uso em dietas para prevenir ou tratar doenças.

Alimentação saudável

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