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Para ver filho crescer, homem perde metade do peso, vence obesidade e hoje é atleta

Publicado 20 Mar 2018 – 06:00 PM EDT | Atualizado 20 Mar 2018 – 06:00 PM EDT
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Diogo Albuquerque Ferreira quase perdeu o nascimento de seu único filho por não servir nas roupas requeridas para entrar no centro cirúrgico. "Não tinha nenhuma que cabia em uma pessoa de 160 quilos, então a equipe teve de improvisar um tipo de capa para mim", relembra o goianense.

Ao olhar o bebê pela primeira vez, não conseguiu evitar a dúvida: será que teria saúde suficiente para acompanhar o crescimento de seu filho? O medo o levou a fazer uma promessa que mudaria sua vida. 

Hoje, aos 36 anos, Diogo esbanja um corpo magro e muito definido e se prepara diariamente para uma prova de triatlo de longa distância.

Emagrecimento de Diogo Ferreira

Desde jovem, Diogo tinha um pouco de dificuldade com a balança. Ele afirma que, embora tenha sido uma criança ativa, não era nem magro e nem obeso.

O cenário mudou quando atingiu a vida adulta e se casou: a vida do administrador se resumia a trabalhar e estudar para concursos públicos. Já seus passeios consistiam em jantar na casa de amigos ou ir ao cinema.

"A comida acabou virando uma substituta dos prazeres que eu tinha e havia abandonado. Isso foi de 2007 a 2014. Eu até conseguia emagrecer com algumas dietas restritivas, mas logo depois engordava", conta.

O efeito sanfona fez, inclusive, com que Diogo perdesse 25 quilos e os recuperasse com "juros", ou seja, engordasse ainda mais. 

"Mudei pelo meu filho"

A falta de hábitos adequados fez com que Diogo chegasse a 160 quilos e tivesse uma série de problemas incomuns para sua idade: pressão alta, pedra na vesícula, pré-diabetes, apneia do sono, dor na coluna e tendinite nos dois joelhos.

"Quando minha esposa engravidou, comecei a pensar como meu filho iria me enxergar, qual tipo de exemplo iria passar pra ele. E mais: cheguei a pensar se eu estaria vivo para ver ele crescer", desabafou.

A preocupação fez com que o administrador buscasse ajuda de médicos, os quais fizeram uma projeção de que ele chegaria aos 200 quilos em cinco ou 10 anos.

O caminho indicado pelos especialistas era a cirurgia bariátrica, já que Diogo tinha índice de massa corporal (IMC) 47, e o mínimo indicado para cirurgia era 35. "Eu fiquei um ano lutando contra essa ideia porque tinha preconceito. Eu não conseguia ver que estava doente, porque obesidade é uma doença", admite.

A gota d'água ocorreu quando o homem quase perdeu o parto do filho por não caber nas roupas do hospital. "Depois disso, quando segurei meu filho e olhei nos olhos dele, prometi que seria o melhor pai do mundo, custe o que custar", relembra.

Redução de estômago

O amor pelo novo membro da família foi o que levou Diogo a perder 18 quilos e finalmente realizar a bariátrica, em agosto de 2015.

A técnica escolhida foi a do bypass gástrico, que reduz o tamanho do estômago e faz um desvio no intestino para diminuir absorção de gordura. 

Metas foram essenciais

Para evitar flacidez após a bariátrica, Diogo passou a caminhar e correr. "Eu estabeleci três metas: em dois meses eu iria fazer uma corrida de 5 km, em três meses faria uma de 10 km e em seis meses iria correr uma meia maratona", conta.

A determinação do rapaz foi tanta que todos os objetivos foram cumpridos e ele não parou por aí. "Depois, veio uma meia maratona de 42 km e um triatlo - modalidade que combina natação, ciclismo e corrida,", explica.

O grande diferencial da transformação de Diogo Ferreira foram as metas. Segundo ele, elas o ajudam a se manter na linha. "Após um ano da operação, eu já estava magro e poderia voltar a comer besteira, mas continuei focado porque tinha metas", explica.

Exercícios

Os constantes treinos para as provas fizeram com que Diogo conquistasse músculos de dar inveja, além de um percentual de gordura baixíssimo. 

Hoje, aos 36 anos, ele faz natação, bicicleta, corrida e musculação seis ou sete vezes por semana, tudo parte de sua preparação para participar de um triatlo de longa distância chamado Ironman. 

Alimentação

O emagrecimento de Diogo Ferreira após a bariátrica contou com um período de adaptação alimentar que foi difícil, já que ele teve de se acostumar a comer menos e reduzir açúcar e gordura, que podem provocar mal-estar por conta do desvio intestinal que prejudica a absorção de certas substâncias.

Devido ao procedimento, o administrador também tem de tomar suplementos de vitamina B12, cálcio, vitamina D e outros nutrientes que não são sugados pelo organismo.

Integrais e proteínas

Como não queria perder massa magra, o atleta apostou em carboidratos integrais e muita proteína magra, como frango e peixe.

Hoje, ele mantém um estilo de alimentação semelhante, mas conta com o apoio de uma nutricionista esportiva que prepara um cardápio que fornece muita energia para as atividades físicas..

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