Fator que dificulta emagrecimento de Maiara é muito comum, apesar de poucos notarem

Dupla sertaneja que conquistou o Brasil com seus hits, Maiara e Maraisa têm um histórico de grande variação de peso e inclusive já revelaram que engordaram após retirarem o balão gástrico.

Com uma rotina muito atribulada de mais de 30 shows por mês, além de outros compromissos profissionais, as irmãs confessaram ser muito difícil encontrar tempo para cuidar da saúde, apesar de se preocuparem com isso.

Maiara, em especial, revelou no programa Encontro com Fátima Bernardes (TV Globo) que pretende emagrecer, mas mencionou um fator que tornou esse objetivo ainda mais difícil após a fama e que, apesar de poucos notarem, é supercomum em casos de sobrepeso.

Dificuldade para emagrecer

A sertaneja explicou que o estresse gerado pela falta de rotina, pouco (ou nenhum) sono e muitas preocupações impede a perda de peso, mesmo quando se faz dieta.

"É muita correria e a família vai ficando de lado, a saúde vai ficando para depois, e os compromissos de trabalho se tornam a prioridade. Você faz dieta, mas parece que não emagrece, porque a cabeça está na adrenalina e fica mandando sinais ao corpo toda hora de que você está em perigo. Aí, não consegue emagrecer", diz.

Como o estresse impede a perda de peso

O quadro que a sertaneja descreveu de forma muito simplificada não só ocorre de verdade como é cada vez mais comum, ainda que as pessoas não se deem conta desta influência. Trata-se do aumento do hormônio cortisol no organismo, uma substância química liberada pelo cérebro quando estamos em uma situação de perigo.

Maria Flávia Sgavioli, nutricionista clínica e funcional da Estima Nutrição, explica que o chamado "hormônio do estresse" é vital para nossa sobrevivência, já que é responsável por nos deixar em estado de alerta diante de uma ameaça.

Dentre as funções protetoras que ele exerce, destacam-se o aumento da imunidade, elevação da resistência à dor e acúmulo de gordura corporal.

Por que engorda?

As reações causadas pelo cortisol são fundamentalmente voltadas para a sobrevivência do indivíduo, e é por isso que ocorre o estocamento de gordura, tecido responsável por nos fornecer energia. Em uma situação de perigo, o corpo prefere queimar músculos para obter calorias e, assim, garantir a reserva de gordura, prolongando a vida.

O problema é que, no estilo de vida atual, o hormônio está sendo secretado em excesso e constantemente, e não mais em situações extremas - o que Maiara descreveu como "o cérebro mandando toda hora sinais de que você está em perigo".

"O aumento excessivo do cortisol proporciona o aumento principalmente de gordura na região abdominal, uma das mais danosas, pois favorece doenças cardiovasculares", alerta Sgavioli, destacando que o estresse está diretamente ligado à dificuldade de perder peso.

O que fazer?

O cortisol em si não deve ser encarado como vilão, já que tem um papel importante na proteção da vida. "Ele é interessante para o corpo. Estando em um nível adequado, ajuda no controle do estresse, melhora a imunidade, reduz inflamação corpórea e controla a hipertensão e o açúcar no sangue", esclarece a nutricionista.

A solução é buscar alternativas para minimizar os momentos de estresse e ansiedade no dia a dia, a fim de manter um equilíbrio hormonal e permitir o funcionamento do organismo em suas condições adequadas. 

• Tenha um descanso satisfatório à noite: além de estimular o cortisol, a falta de sono aumenta o apetite;
• Não faça dietas restritivas: a privação também provoca estresse mental e físico;
• Invista em atividades prazerosas e motivadoras fora do ambiente de trabalho;
• Procure manter o corpo ativo: um nível moderado de atividade físico é aliado contra o estresse;
• Sempre que possível, caminhe por 5 minutos após o almoço para relaxar e tomar um pouco de sol.

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