null: nullpx
anorexia-Tasaudavel

Atriz aparece esquelética para interpretar anoréxica e é elogiada pela “boa forma”

Publicado 7 Jul 2017 – 04:45 PM EDT | Atualizado 26 Mar 2019 – 05:24 PM EDT
Compartilhar

Para viver uma personagem que sofre com anorexia em um filme, a atriz britânica Lily Collins - que já é magra - teve que perder muito peso a ponto de ficar esquelética. O processo foi feito com supervisão de um profissional.

O inacreditável, no entanto, é que a aparência doente de Lily acabou rendendo um elogio à atriz por sua "boa forma".

Atriz emagrece demais para filme e é elogiada

"Eu estava saindo de casa um dia quando uma pessoa conhecida, da idade da minha mãe, me disse: 'Uau, olhe para você!'. E então eu tentei explicar que eu tinha perdido bastante peso para um filme. Mas ela disse: 'Não! Eu quero saber o que você está fazendo, você está incrível!'. Eu entrei no carro da minha mãe e disse que era exatamente por isso que esse problema [a anorexia] existe", contou a atriz em entrevista à revista norte-americana Porter.

Lily interpreta a jovem Ellen em "O Mínimo para Viver", produção da Netflix, que estreia em 14 de julho de 2017. A narrativa gira em torno do surgimento e do tratamento da anorexia da garota, bem como o drama vivido por seus familiares com a doença. 

Na vida real, tanto ela como a diretora e roteirista, Marti Noxon, revelaram já terem sofrido com distúrbios alimentares e, inclusive, esta seria uma das motivações para fazer do filme um alerta.

O trailer de poucos minutos já choca, por mostrar como um distúrbio alimentar pode começar da maneira mais improvável possível: contando calorias, fazendo dietas restritivas e exagerando nos exercícios. Assista:

O mesmo tema foi abordado recentemente pela atriz brasileira Débora Nascimento, que revelou ter tido princípio de anorexia devido às pressões sofridas durante a adolescência, quando tentou a carreira de modelo. A famosa conta que ouvia constantemente que precisava emagrecer, pois seu quadril de 91 centímetros era muito grande.

"Comecei a ficar sem comer e a desmaiar. Foi a minha mãe que me salvou quando viu que eu estava definhando", relembrou Débora.

Amar o próprio corpo

O culto à magreza é um dos grandes gatilhos para distúrbios alimentares como a anorexia - que se caracteriza pela distorção da autoimagem (o paciente se enxerga gordo quando, na verdade, já está  magro demais) e medidas extremas para evitar o ganho de peso, como jejum, vômitos provocados, uso de laxantes e exagero nos exercícios físicos.

O tema foi alvo de um estudo realizado pela universidade de Cornell, nos Estados Unidos. A professora de psicologia responsável por ele, Melinda Green, recrutou 47 mulheres e meninas com sintomas de transtorno alimentar. Na pesquisa, ela encorajou as mulheres a criticarem a ideia de que apenas as pessoas magras são consideradas felizes e bonitas.

Em apenas quatro semanas do programa comandado por Green, os sintomas de distúrbios diminuíram, assim como ansiedade e o negativismo das participantes. E houve um aumento significativo da autoestima e da satisfação dessas mulheres com seus corpos, visto que elas aprenderam a não idealizar um padrão irreal para elas, de que beleza é necessariamente sinônimo de magreza.

O perigo da anorexia

A anorexia provoca uma perda de peso exagerada e acompanha uma visão distorcida sobre o próprio corpo. Quem sofre com a doença se submete a dietas ultrarrestritivas e, mesmo abaixo do peso ideal, continua tentando emagrecer. Pode levar à desnutrição severa e até morte.

A luta contra a anorexia 

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse