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3 mentiras sobre o óleo de coco que você nem desconfiava

Publicado 21 Jun 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 05:10 PM EDT
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Muito se fala sobre o óleo de coco: ajuda a diminuir a barriga, dá energia, tem gordura saturada. 

Fato é que em meio a todas essas crenças existem algumas mentiras e algumas verdades. 

Em entrevista ao VIX, o nutrólogo Roberto Navarro ajudou a desvendá-las. 

Óleo de coco: benefícios e malefícios

O nutrólogo Roberto Navarro afirma que o óleo de coco tem vários tipos de gorduras boas ou ácidos graxos, e é rico em ômega 6, o que faz dele aliado de uma alimentação saudável.

Contudo, isso não significa que ele é isento de malefícios para o nosso corpo.

Dá energia: verdade

Entre os ácidos graxos presentes no óleo de coco estão os triglicerídeos de Cadeia Média, que apresentam fácil absorção e metabolização, o que faz com que o óleo de coco rapidamente se transforme em energia, promova disposição e foco.

Segundo Navarro, ele pode ser considerado um facilitador de rendimento, exercendo um papel semelhante ao que o carboidrato faz de forma mais intensa.

“Os Triglicerídeos de Cadeia Média são combustível de energia, é uma alternativa, uma forma de gerá-la, mas é importante também ingerir carboidrato”, ressalta ao comentar que o óleo de coco não deve substituir todos os carboidratos da alimentação.

Como a cafeína também tem ação energética, várias pessoas optam por adoçar o café com óleo de coco no pré-treino.

Posso comer indiscriminadamente: mito

Apesar de ser considerado saudável, o óleo de coco é calórico, então pode engordar e até aumentar o colesterol ruim (LDL) quando consumido em excesso.

Segundo Navarro, o ideal é que as pessoas não consumam mais de uma colher de sopa rasa por dia.

“Em média, 30% do plano alimentar de 2000 calorias pode ser composto de gordura, ou seja, uma pessoa pode consumir 600 calorias na forma de gordura. Como cada grama de óleo de coco tem 9 calorias, o saudável é, no máximo, uma colher por dia, já que esta não é a única fonte de gordura da alimentação”, explica Navarro.

Tem gordura saturada: verdade

Se você pensa que a gordura saturada é sinônimo de fast food, se enganou. O óleo de coco também tem. Um relatório recente publicado pela Associação Cardíaca Americana apontou que 82% da gordura presente no óleo de coco é saturada.

Este percentual é superior ao da manteiga (63%), da gordura bovina (50%) e da banha de porco (39%), o que fez com que os cientistas concluíssem que o óleo de coco faz tão mal quando a gordura animal.

Apesar da gordura saturada ser considerada nociva em alguns estudos, ainda não existe um consenso. Alguns especialistas defendem que a mistura de gorduras no óleo de coco o torna uma opção saudável.

Não pode ser aquecido: mito

De acordo com o nutrólogo Roberto Navarro, o óleo de coco não perde suas características quando aquecido. Por isso, ele pode ser usado no preparo de refeições sem nenhum problema.

Ajuda a diminuir a barriga: mito

O nutrólogo comenta que um estudo recente dividiu de forma diferente os planos alimentares de dois grupos de pessoas. Um grupo comeu 55% de carboidratos, 15% de proteína e 30% de gordura.

O outro grupo comeu 30% de carboidrato, 25% de calorias provenientes do óleo de coco, 15% de proteína e 30% de gordura. Ambos os grupos fizeram dietas hipocalóricas e praticaram atividade física.

O grupo que substituiu parte do carboidrato por óleo de coco apresentou diminuição da circunferência abdominal. Com isso, é possível dizer que ele não contribui tanto para a reserva de gordura quanto o carboidrato, mas não dá para dizer que só ele é capaz de diminuir barriga.

“Os Triglicerídeos de Cadeia Média não viram reserva de gordura e os outros ácidos graxos viram gordura acumulada com menos facilidade que a gordura animal”, comenta Navarro.

Ajuda o sistema imunológico: verdade

O óleo de coco ajuda o sistema imunológico a agir contra alguns invasores porque tem propriedades anti-inflamatórias, bactericidas, antiviral e antifúngicas. Contudo, ele não é capaz de tratar uma infecção já instalada.

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