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Bial emociona em adeus a Marília: suas perguntas são as que gostaríamos de fazer

Publicado 8 Nov 2021 – 11:07 AM EST | Atualizado 8 Nov 2021 – 11:07 AM EST
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Autor de textos marcantes e emocionantes, Pedro Bial abriu o "Fantástico" do último domingo (7) com uma linda mensagem em homenagem a Marília Mendonça.

Em sua crônica, o jornalista falou sobre a partida precoce da cantora, questionando sua partida.

Texto de Pedro Bial sobre Marília Mendonça

O "Fantástico" do último domingo (7) começou com uma linda homenagem de Pedro Bial à Marília Mendonça.

Com uma sequência de imagens da cantora, o jornalista narrou uma crônica de sua autoria que questionava a partida prematura da sertaneja, com apenas 26 anos.

"Hoje, a gente olha pro céu e clama, 'pra que tanta pressa?'; e reclama, cambaleante, sem o chão de sua voz. Marília, por que tanta pressa? Por que tão rápido? Você ainda tinha tanta história pra viver e ouvir e depois em versos nos contar, tanto canto a doar... Por que tão rápido, pra que a pressa?", ele começou.

E continuou: "Que versos você escreveria pra explicar isso? Como termina essa canção, interrompida pelo estrondo de silêncio? Que música é essa em descompasso e desafino, onde dó é só padecimento?".

No decorrer do texto, Bial seguiu falando sobre a breve vida de Marília, que foi interrompida por um acidente trágico na última sexta-feira (5).

"Como toda história, uma canção tem começo, meio e fim. E alguém já disse que toda canção começa buscando um meio de chegar ao fim. A canção de sua vida parece foi interrompida antes de encontrar o meio. É tão antinatural chegar ao fim sem nem acabar de começar. Arrancaram a flor, ficou seu sonoro perfume a consolar um jardim entristecido."

"Pois, agora, você que falava das coisas fugidias da vida, essas coisas de amores e dores, encontros e adeuses, você que libertava as palavras, deixando que voassem passarinhas pra nos consolar e pra que a gente as acolhesse no ninho de nossas solidões; agora, Marília, seus versos se aquietaram, imóveis, como mão de mãe, suave, sobre cabeça de menino, pousados sobre nossa memória", continuou o jornalista.

Por fim, o jornalista fez questão de ressaltar que a história escrita por Marília Mendonça será eternizada.

"Hoje a gente lhe pergunta: 'Nunca mais, Marília?'. E com um sorriso mais manso do que triste, você nos responde que não, não é nunca mais. Dedilha o violão, compondo uma canção para os anjos, e diz: 'É pra sempre'."

Após a exibição na Globo, a crônica de Bial acabou se tornando um dos assuntos mais comentados do Twitter, emocionando milhares de internautas que fizeram questão de falar sobre a homenagem.

Morte de Marília Mendonça

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