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"Pombinhos olímpicos", rivais e mais: 8 casais que competem juntos nos Jogos de Tóquio

Publicado 2 Ago 2021 – 01:14 PM EDT | Atualizado 2 Ago 2021 – 01:14 PM EDT
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Marcados especialmente por competitividade, desafios e superação, os Jogos Olímpicos trazem também muito amor. Isso porque, em meio aos atletas, há uma infinidade de casais – entre os quais alguns são inclusive rivais quando estão competindo por países distintos. Conheça oito “ casais olímpicos” que estão competindo em Tóquio e um pouco da história deles.

Jogos Olímpicos: 8 casais que competem em Tóquio

Laura Trott e Jason Kenny (ciclismo feminino e masculino pela Grã-Bretanha)

Laura e Jason são tão queridos pelo público no Reino Unido que, eventualmente, chegaram até a ser apelidados de “Posh e Becks” do esporte, fazendo referência ao famoso par britânico formado por Victoria Beckham e David Beckham. Casados desde os últimos Jogos Olímpicos (2016), os ciclistas têm juntos 10 medalhas de ouro – bem como um filho, Albie, que tem quatro anos e verá os pais pela televisão.

Competindo pelo mesmo esporte, ambos veem tanto prós quanto contras na situação. “Ele passa por tudo o que eu passo. Não existe um único sentimento ou emoção que eu tive e ele não. Então, quando eu vou para casa sentindo estas emoções, posso simplesmente falar e ele sabe como me sinto”, disse Laura em um vídeo publicado pelo site oficial dos Jogos, expondo também o lado negativo.

“É complicado quando vocês dois têm o mesmo objetivo. Eu não posso simplesmente virar e dizer: ‘Será que você pode fazer o turno da noite, por favor?’. Porque, obviamente, ele está treinando também. Você não pode ser totalmente egoísta quando se casa com outro atleta”, completou, e o marido disse concordar. “Nunca fui casado com outra pessoa, então para mim é normal. É bom – nós nos entendemos”, contou.

Tara Davis e Hunter Woodhall (corrida feminina e corrida masculina paralímpica pelos Estados Unidos)

Em 2017, quando se viram pela primeira vez em um evento esportivo regional, tanto Tara quanto Hunter já se interessaram um pelo outro mesmo sem se conhecer. Na ocasião, porém, era aniversário do atleta e ele havia acabado de vencer uma prova, algo que motivou a corredora a dar o primeiro passo. “Acho que preciso te dar um abraço”, disse ela, conforme relatou ao veículo “ Insider”.

Neste momento, Hunter já havia visto a colega – e, desde que pôs os olhos nela, soube que havia algo de especial ali, já que, à “ Elle”, relatou ter dito a um amigo que havia “encontrado a garota com quem se casaria”. Logo, eles se seguiram nas redes sociais e começaram a trocar mensagens, fazendo com que a amizade fosse substituída por um romance que viralizou justamente devido às Olimpíadas.

Isso porque, após a prova que consagrou Tara como competidora dos Jogos de Tóquio, Hunter a segurou nos braços e os dois fizeram uma foto linda. A cena, que se espalhou rapidamente pela internet, os fez virar um casal queridinho no Estados Unidos e, neste ano, ambos competem pelo país, sendo ela nos Jogos Olímpicos e ele nos Paralímpicos.

Megan Rapinoe e Sue Bird (futebol e basquete feminino pelos Estados Unidos)

Juntas e separadas ao mesmo tempo (por competirem em esportes diferentes), Megan e Sue têm uma relação para lá de especial com os Jogos Olímpicos. Isso porque, além de ambas serem grandes estrelas dos Estados Unidos em seus respectivos campos de atuação, elas se conheceram durante as Olimpíadas de 2016, sediadas no Rio de Janeiro, e falaram de forma fofa sobre como tudo aconteceu.

Em entrevista à ESPN, elas relataram ter se visto em um evento esportivo de Seattle, cidade pela qual ambas jogam em sua terra-natal. As primeiras interações, no entanto, vieram apenas na Rio 2016, onde as duas tinham o mesmo agenciamento e, portanto, acabaram entre um grupo de atletas que curtiu outros jogos durante o evento.

Após Sue sofrer uma lesão em meio à competição, Megan ficou preocupada com ela – e, em meio às conversas sobre o estado físico da atleta, nasceu o romance. Hoje, elas estão noivas e são muito queridas entre o público e nas redes sociais, onde quebram inúmeros padrões como um casal lésbico composto por atletas muito consagradas.

Edward Gal e Hans Peter Minderhoud (hipismo pela Holanda)

Após quase chegarem ao pódio em 2016, conquistando o quarto lugar nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, os holandeses Edward e Hans estão competindo lado a lado pela segunda vez, mas a história deles já vem de longa data. Juntos há mais de uma década, o casal falou sobre o relacionamento pela primeira vez em 2008, quando Edward fez uma brincadeira sobre o benefício de competir lado a lado com o namorado. “Agora, nós precisamos de apenas um quarto de hotel”, disse ele na época.

Conforme noticiado pelo “ Outsports”, Peter aprecia muito o caminho que eles trilham juntos. “Competir é um estilo de vida e é muito divertido quando você está com alguém que entende isso e sabe o que você está fazendo, dedicando todo seu tempo para os cavalos”, disse ele.

Gerek Meinhardt e Lee Kiefer (esgrima masculino e feminino pelos Estados Unidos)

Classificados respectivamente como 2º e 5ª do mundo no esporte, Gerek e Lee formam outro “power couple” dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Juntos desde 2012, o primeiro “contato” do casal foi durante as Olimpíadas de Pequim, em 2008, quando Lee tinha 14 anos e viu Gerek competir. “Eu realmente me lembro de pegar o computador no meio da noite e assistir enquanto meu atual marido lutava esgrima”, disse ela à NBC.

Na época, ela não tinha qualquer pretensão de ser uma competidora olímpica, mas, devido ao esporte que ambos praticavam, os caminhos deles acabaram se cruzando quatro anos após ela o admirar na televisão. Um ano após o noivado, que aconteceu em 2018, o casal oficializou a união – e, agora, competem juntos pelos Estados Unidos nos Jogos Olímpicos, onde Lee já faturou uma medalha de ouro.

Atanu Das e Deepika Kumari (tiro com arco masculino e feminino pela Índia)

Acostumados a lidar com flechas e alvos, Atanu e Deepika certamente foram acertados em cheio pela flecha do cupido. Primeiro casal indiano a participar dos Jogos Olímpicos no mesmo esporte, os dois se conheceram em 2008 quando passaram a treinar o esporte juntos em uma academia – e, conforme contaram ao site oficial das Olimpíadas, a relação começou com o pé esquerdo.

“Ele não falava hindi na época, então não conversava comigo”, disse Deepika, que relatou ter enfrentado mal-entendidos, falhas de comunicação e uma briga de egos nos anos que se seguiram. Após muitos embates, os dois voltaram a se encontrar quase dez anos depois, em 2017, quando acabaram se apaixonando. Logo em seguida, em 2018, eles noivaram – e o casamento veio logo antes do início dos Jogos de Tóquio.

Atualmente, eles são um casal queridíssimo na Índia, onde são conhecidos como a dupla "Dee-Das.

Sandi Morris e Tyrone Smith (atletismo feminino pelos Estados Unidos e salto em distância pelas Bermudas)

Ainda que de países e esportes bem diferentes, Sandi e Tyrone se entendem – e a história deles é bastante ligada aos Jogos Olímpicos. Casados desde 2019, a última vez em que eles competiram simultaneamente em Olimpíadas foi justamente o ano em que se apaixonaram, algo que aconteceu durante a Rio 2016.

“Nossa história é muito marcada pelas Olimpíadas, e o Rio foi realmente onde nós pudemos nos conhecer, passar um tempo juntos e eu diria até nos apaixonar”, disse Sandi à CNN. Na época da entrevista, ela também tinha o sonho de viver os Jogos ao lado de Tyrone mais uma vez, agora com a união oficializada – e este desejo está se realizando agora.

Ainda que amem seus respectivos esportes, Sandi chegou a fazer uma declaração muito romântica que coloca o marido acima do atletismo. “Se dar minha medalha pudesse fazer com que ele fosse campeão ou alcançasse seus sonhos, eu totalmente faria isso”, afirmou.

Amanda Chidester e Anissa Urtez (beisebol feminino pelos Estados Unidos e pelo México)

Ainda que também estejam competindo pelo mesmo esporte, como outros casais, Amanda e Anissa têm um detalhe especial. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio, elas entram em campo como rivais, já que Amanda está na equipe de beisebol dos Estados Unidos enquanto Anissa defende o México na mesmíssima modalidade. Muito questionadas sobre este detalhe, elas garantem que está tudo bem entre as duas, já que ambas são muito maduras e seguras de si tanto no relacionamento quanto nos jogos.

“Nós estamos ambas muito animadas! Somos competidoras que focam em nossos próprios caminhos e nossos respectivos times. Vamos entrar em campo e dar tudo de nós. Estamos mais que orgulhosas uma da outra por vivermos nosso sonho enquanto amamos cada segundo de estar nessa juntas. Nossa vida juntas tem a própria identidade, e vencer ou perder – nada vai mudar isso. Apesar de pisarmos no campo como oponentes, saímos dele como noivas”, escreveu Amanda nas redes sociais.

O par, que se conheceu quando atuaram juntas para o time Scrap Yard Dawgs, garante inclusive que elas têm uma “técnica” para usar durante as partidas. “Nós não nos conhecemos quando estamos em campo”, disse Anissa para o podcast “Five Rings to Rule Them All”.

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