Padre Fábio de Melo descreveu a dor de toda mãe ao dedicar texto para Dona Dea
A morte de Paulo Gustavo comoveu o Brasil. O ator, que estava internado há quase dois meses para tratar complicações causadas pela Covid-19, não resistiu e morreu na última terça-feira (4).
Vários famosos se despediram e prestaram homenagens carinhosas ao ator e sua família, mas Padre Fábio de Melo fez um texto especial e muito sensível à mãe de Paulo Gustavo, Dona Dea.
Texto de Padre Fábio à mãe de Paulo Gustavo
O Padre Fábio de Melo usou as redes sociais para se despedir de Paulo Gustavo. Ao compartilhar uma imagem do ator, ele escreveu: "Paulo, meu querido, foi a primeira vez que você nos fez chorar".
Horas depois, Padre Fábio decidiu fazer um texto especialmente para a mãe do ator, Dona Dea, inspiração da personagem de maior sucesso da carreira de Paulo Gustavo, Dona Hermínia, do monólogo e dos filmes "Minha Mãe é Uma Peça".
Em seu perfil do Instagram, o Padre, que recentemente também perdeu a mãe para a Covid-19, postou uma foto de Dona Dea e Paulo Gustavo e usou palavras lindas para descrever a relação dos dois:
"Eles eram dois? Nem sei. O que sei é que, se escavassem um, encontrariam o outro. Mãe e filho num entrelaço simbiótico, soma de dois que unificou, fazendo caber tudo numa identidade só. A mãe, uma peça, o filho, a outra. Encaixe que se ramificou no imaginário coletivo, gerando um manancial de graça, tudo porque uma parte se transformou na parte que o inspirou. Agora, ao saber que a unificação das partes se desfez, chorando inconsolavelmente a parte que partiu, ocorre-nos o sofrimento da parte que ficou".
Padre Fábio ainda comoveu os fãs ao falar sobre a dor de Dona Dea e usou de sua sensibilidade e espiritualidade para tentar acalmar o coração da mãe do ator:
"Oh, dona Deia, como é afiada a espada que agora a corta. Como é sem chão o mundo que lhe resta, como é sem nexo a vida que a espera. A sua parte está partida, porque a parte que partiu é sua parte inteira. Sim, o destino de toda mãe é viver repartida, já que suas partes sempre partem. Às vezes para um até logo, às vezes para o nunca mais. Mas, para nós, que cremos, dona Deia, o nunca mais é logo ali...", finalizou.