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Como o sentimento de gratidão ajuda idosos japoneses a manterem bem-estar

Publicado 7 Abr 2021 – 02:44 PM EDT | Atualizado 7 Abr 2021 – 02:44 PM EDT
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O Japão é conhecido por abrigar a maior população idosa do mundo e, segundo um estudo realizado pela Universidade de Exeter, o sentimento de gratidão pode ser um dos fatores que fazem as pessoas mais velhas do país a manterem o bem-estar.

Publicada na revista Anthropology and Aging no dia 21 de janeiro de 2021, a pesquisa indica que os idosos no Japão têm uma "atitude de gratidão" que os mantém esperançosos, apesar dos desafios do envelhecimento.

Gratidão pode favorecer o bem-estar de idosos

Sentir-se grato pelo carinho e apoio que tiveram durante a vida ajuda os aposentados no Japão a serem mais otimistas, mesmo quando viviam dificuldades, afirma Iza Kaved ija, autora do trabalho científico que observou pessoas na casa dos 80 e 90 anos no curso de um longo trabalho de campo etnográfico em um bairro comercial na cidade de Osaka.

Foi descoberto que muitos membros da comunidade mais velha cultivavam uma "esperança silenciosa", embora tivessem preocupações com o futuro, como desenvolver demência ou se tornar um fardo para seus filhos.

Segundo Iza, gratidão no Japão pode ser vista como um reconhecimento de quanto alguém confia nos outros enquanto se move pela vida: “Gratidão destaca sentimentos de interdependência no mundo social”.

No estudo, muitas pessoas disseram que não seriam quem são sem outros indivíduos que desempenharam um papel significativo em suas vidas. Essa gratidão pode existir por ter sido capaz de levar uma vida plena, por ter um bom parceiro, por ter sogros compreensivos ou simplesmente por terem tido uma oportunidade de trabalho.

Embora as pessoas no Japão possam hesitar em dizer que estão felizes, a gratidão é mencionada com frequência, diz a pesquisadora. Por meio da apreciação, a dependência de outros não é vista como um fardo ou uma fonte de constrangimento, mas sim como algo comovente.

“Relacionamentos e encontros significativos com outras pessoas constituem uma base valiosa para o que os japoneses chamam de ikigai, ou ‘aquilo que faz a vida valer a pena’, conclui Iza.

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