Adultos tendem a se lembrar mais das notícias quando elas são dadas com humor
Notícias sobre política dadas com humor são armazenadas no cérebro com maior facilidade do que quando são informadas de forma séria. Além disso, segundo um estudo publicado no dia 7 de janeiro de 2021, as pessoas são mais propensas a compartilhar as notícias quando elas ganham um toque de comédia.
Humor ajuda a fixar notícias no cérebro
Uma pesquisa da Universidade da Pensilvânia e da Universidade Estadual de Ohio, ambas nos Estados Unidos, sugere que o humor pode ajudar a manter as pessoas informadas sobre política. Os dados foram publicados no Journal of Communication.
Os pesquisadores descobriram que espectadores não só são mais propensos a compartilhar notícias apresentadas com humor, como também têm maior facilidade em lembrar desses conteúdos quando divulgados em tom cômico.
Para o estudo, um grupo de jovens adultos com idades entre 18 e 34 anos foi orientado a assistir a uma variedade de clipes de notícias sobre política. Alguns seguimentos terminavam com piadas, e outros não.
Além de coletar dados sobre a atividade cerebral dos participantes usando ressonância magnética, os pesquisadores administraram um teste de memória para determinar quanta informação os voluntários retiveram ao assistir aos clipes.
Os pesquisadores também pediram aos participantes que respondessem a perguntas sobre a probabilidade de compartilharem os clipes de notícias com outras pessoas.
De acordo com a pesquisa, os participantes eram mais propensos a se lembrar de informações quando elas eram transmitidas de forma humorística, em vez de não humorística, e estavam mais dispostos a compartilhar as informações online.
As descobertas também mostram que os clipes humorísticos provocaram uma maior atividade nas regiões do cérebro associadas ao pensamento.
"Nossas descobertas mostram que o humor estimula a atividade nas regiões do cérebro associadas ao envolvimento social, melhora a memória para fatos políticos e aumenta a tendência de compartilhar informações políticas com outras pessoas", disse o autor principal do estudo, Jason Coronel.