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Após mensagem ofensiva, ex-Chiquitita, revela que teve anorexia: "Luto todos os dias"

Publicado 6 Jan 2021 – 04:33 PM EST | Atualizado 6 Jan 2021 – 04:33 PM EST
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Após receber uma mensagem ofensiva, Renata Del Bianco, que interpretou a personagem Vivi em “Chiquititas”, fez um desabafo sobre saúde mental. Conforme explicou, no passado, ela enfrentou um transtorno de imagem – e, apesar de afirmar que precisa se policiar sobre a questão até hoje para evitar recaídas, ela deu uma grande lição de autoestima e respeito nas redes em seu relato.

Ex-atriz revela anorexia e reflete sobre respeito na web

Usando a ferramenta Stories do Instagram, a ex-atriz Renata Del Bianco, que hoje atua como veterinária, mostrou aos seguidores que, em resposta a uma publicação anterior, ela recebeu um questionamento sobre sua “falta de vaidade”. Na sequência, após pensar muito, ela decidiu falar sobre como esse tipo de comentário pode afetar pessoas que, como ela, lutam ou lutaram contra um transtorno de imagem.

“Eu já sofri – e isso é uma coisa que eu vou sofrer para o resto da minha vida – de um transtorno de imagem. Tive anorexia, emagreci meus vinte quilos por traumas aí, voltado também para minha estética, minha imagem. Esse assunto é um gatilho para mim também, mas eu preciso falar porque lutei muito para superar. Luto todos os dias”, afirmou a ex-atriz, enfatizando que isso não é uma “frescura”.

Em seguida, ela reconheceu que, ao seguir uma pessoa nas redes sociais, é normal não saber de absolutamente cada detalhe da vida dela. “Você não é obrigado a saber tudo o que acontece na vida da pessoa, né, você acompanha um pedaço da vida dela, só o que ela quer mostrar – e, às vezes, ela não quer mostrar coisa ruim”, explicou Renata, lembrando que, justamente por isso, é preciso ter cuidado com o que se diz.

“Se você viu alguma coisa que não gostou, que te incomodou, que de repente você olha: ‘Nossa, a sobrancelha dela’, ‘o cabelo dela’, ‘por que essa pessoa está assim?’, ‘engordou’, ‘emagreceu’... Cara, leva isso para você, sabe? Guarda isso. Você não sabe o problema que essa pessoa tem. Você não sabe o que ela está passando. Não fala sem pensar. Você gostaria de ter lido um negócio desse na sua página?”, disse.

Em seguida, ela questionou as prioridades da pessoa que lhe mandou a mensagem ofensiva. “Você não devia estar se perguntando o que houve com o mundo? O que houve com as pessoas? O que houve com a humanidade? Em vez de estar perguntando o que houve comigo? Amor, comigo está tudo ótimo”, esclareceu, ressaltando que, há pouco tempo, algo assim a desestruturaria.

“Há seis meses, isso me traria uma depressão horrorosa. Eu não apareceria aqui por muito tempo, ficaria extremamente deprimida. Se você pegar meus stories de seis meses atrás, vai ver: eu só aparecia aqui com filtro. Só com edição de foto”, recordou a veterinária, compartilhando um aprendizado que tirou da época em que se sentia desta forma.

“Aquela cara cheia de filtro, de reboco, não era eu. Era o que as pessoas queriam que eu fosse. A primeira coisa que eu fiz foi me aceitar. Eu tenho que me aceitar, eu tenho que me amar, eu tenho que me olhar no espelho e me achar linda. Desculpa, não é você. Eu sou assim, você gostando ou não. Existem dois tipos de problema: o A e o B. O A é o meu, o B é o seu. Isso claramente é um problema do tipo B, ou seja: seu”, concluiu.

Autoestima e autoaceitação

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