Jovem é repreendida por vizinhos de condomínio de luxo por pendurar roupa no quintal

Recentemente, a blogueira Sthefane Matos se mudou para um condomínio de luxo em Salvador e, antes mesmo de completar um mês morando lá, foi amplamente criticada por outros moradores. Isso porque, nas últimas semanas, ela estendeu roupas na fachada traseira da mansão onde vive, e imagens tiradas do quintal da blogueira sem o consentimento dela foram usadas para condená-la. O caso acabou viralizando e gerando uma resposta à altura.

Blogueira rebate críticas a roupas estendidas no quintal

Após Sthefane estender algumas roupas na vidraça que demarca o fim do quintal de sua mansão (cuja parte de trás está voltada para uma área verde, sem vizinhos que possam enxergar diretamente a área), imagens aéreas da cena viralizaram na web sob críticas de que aquilo “destoava” da imagem das demais casas do condomínio. Diante disso, a blogueira usou o próprio Instagram para se explicar.

Conforme contou ela usando a ferramenta Stories, após as críticas, ela buscou informações sobre o regulamento do condomínio, descobrindo que não é permitido pendurar nada na fachada da casa, e que mesmo a parte traseira da mansão se enquadra nesta classificação. Estas regras, segundo Sthefane, costumam ser entregues aos novos moradores, mas ela diz não tê-las recebido ao mudar-se para o condomínio.

“Minha vizinha veio aqui e falou que, quando ela veio morar aqui, eles [condomínio] vieram dar as boas vindas, informar tudo o que podia, o que não podia [fazer] – e inclusive que tinha um concierge que vinha fazer isso, informar. Mas eu, que já tenho quase quinze dias aqui, não recebi essa instrução”, afirmou a influencer, respondendo também à forma como as fotos parecem ter sido feitas.

“Este é o fundo da minha casa. É mato, não tem ninguém aqui, não tem nenhum vizinho. Essa parte aqui é a minha casa, essa outra parte também é toda minha casa. Os vizinhos do lado de cá não têm acesso à minha casa, não conseguem ver, e os vizinhos do outro lado também não conseguem ver”, disse ela, mostrando também a distância que existe entre o quintal e a frente da casa.

Na parte frontal da mansão, há um vidro que possibilita enxergar a parte traseira da casa, onde as roupas estavam – mas, de acordo com o vídeo feito por ela, é preciso aproximar-se muito da casa ou dar bastante zoom pelo celular para ver com clareza o quintal. Com isso, Sthefane tirou algumas conclusões sobre como as fotos podem ter sido feitas: para ela, foi usado um drone.

“Não tem vizinhos para ver essa parte, então colocaram um drone para sobrevoar por aqui e fazer fotos e filmagens da minha casa. Quanta falta de respeito e de empatia! Imagina se eu estou em um momento íntimo dentro da minha casa. Eles iam fotografar também?”, disse ela, que pretende provar que as imagens foram feitas por drones já que, conforme se informou, esta invasão de privacidade não é permitida pelas regras.

Por fim, ela refletiu sobre o que pode ter motivado as críticas. “Preconceito de classes existe, sim. Eu queria ver se fosse um juiz, um desembargador, se eles iam estar colocando drone para sobrevoar a casa e fazer fotos, filmagens? Acho que não. Mas assim, uma mulher preta, independente, que veio de baixo e está vencendo na vida, tendo oportunidades, incomoda!”, afirmou, deixando um recado.

“Eu incomodo e vou continuar incomodando. Se eu quiser, pego minhas roupas e jogo tudo aqui no chão, estendo pelo chão porque a casa é minha. E se estiver falando demais, se estiver me chateando demais, vou aí, compro sua casa e ainda faço um varal aí dentro”, concluiu a influencer.

Assista aos vídeos da influencer na íntegra: