null: nullpx
família-Mulher

Gabriela Duarte faz desabafo e fala sobre pressão para se posicionar politicamente

Publicado 22 Mai 2020 – 10:52 AM EDT | Atualizado 22 Mai 2020 – 10:52 AM EDT
Compartilhar

A atriz Gabriela Duarte fez um desabafo em seu perfil no Instagram sobre a pressão que sente para se posicionar politicamente.

O texto, publicado um dia após a mãe, Regina Duarte, deixar o cargo de Secretária de Cultura do governo federal, fala essencialmente sobre escolhas e como isso já mostra um posicionamento, em sua opinião.

Gabriela Duarte: texto sobre posicionamento político

Ativa nas redes sociais, Gabriela usou o Instagram para falar sobre a atual pressão que sente para revelar seu posicionamento político. Em um longo desabafo, a atriz publicou um texto intitulado “Escolhas” em que logo começa falando que um artista se posiciona na política se assim quiser - algo, que segundo Gabriela, não é o seu desejo.

“Existem os que fazem isso e têm suas razões. Essa, porém, nunca foi uma escolha minha.”

Gabriela justifica sua escolha por não se posicionar porque ela assim o faz em outros aspectos de sua vida, e disse preferir guardar suas opiniões políticas para os mais próximos, em vez de misturá-las com sua vida pública.

Gabriela ainda tocou no assunto das relações familiares e disse que a liberdade para escolhas também se estende a este relacionamento, e que as referências de parentes podem se ampliar com o tempo, mas também é possível criar a própria personalidade.

“Começamos então a formar nosso próprio corpo ideológico e percebemos que não precisamos mais seguir os modelos da infância e adolescência. Amadurecer, entre tantas coisas, é isso.”

Leia o texto de Gabriela na íntegra:

ESCOLHAS Um artista pode se posicionar politicamente se quiser. Existem os que fazem isso e tem suas razões. Essa,porém,nunca foi uma escolha minha. A profissão que escolhi já é bastante política em vários aspectos. Isso, no entanto, não faz com que eu deixe de me posicionar, mas o faço como uma cidadã normal. Voto e exerço meu direito de escolher pessoas que acho mais adequadas a me representar, mas não trago isso pra minha vida pública. Divido meus pensamentos e opiniões nessa área com pessoas que me são próximas. Não tenho necessidade de mais do que isso, nem me sinto no direito de influenciar politicamente quem quer que seja.São escolhas, e escolhas são individuais. Cada um tem a liberdade de pensar de forma própria. E isso diz respeito a relações familiares também. Somos o que escolhemos ser e batalhamos por isso. Quando crianças, seguimos o exemplo daqueles que estão muito próximos a nós: os pais, os avós, irmãos, professores da escola… Aos poucos esse universo se amplia e nossas referências também. Começamos, então, a formar nosso próprio corpo ideológico e percebemos que não precisamos mais seguir os modelos da infância e adolescência. Amadurecer, entre tantas coisas, é isso. Tudo isso não quer dizer que não possa mais haver afeto, amor, gratidão e respeito por aqueles que nos criaram. Pelo contrario. Devem ser apreciados e honrados todos os dias. Mas entender que uma família não precisa necessariamente funcionar como um bloco, com pensamentos em uníssono sempre, é fundamental. Meus filhos têm sido criados também dessa forma. Para que sejam livres e possam formar seus próprios pensamentos.O fato de serem meus filhos não os obriga a serem como eu. Quero que eles sejam melhores! Escolhas são individuais, que fique claro. Cada adulto que cuide de seu RG e CPF.

Gabriela Duarte

Compartilhar

Mais conteúdo de interesse