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Vendida pela mãe aos 16 anos, Palmirinha tem história de vida de muita luta

Publicado 18 Nov 2019 – 05:19 PM EST | Atualizado 18 Nov 2019 – 05:19 PM EST
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Além de ser conhecida por suas deliciosas receitas, Palmirinha é considerada uma das personalidades mais queridas e carismáticas do Brasil.

Quem acompanha a carreira da cozinheira, que estreou na TV em 1997, aos 66 anos de idade, admira sua serenidade e simpatia, mas pode não saber que ela teve uma infância e juventude muito difíceis.

A história de vida de Palmirinha é digna de novela e, apesar de ser marcada por várias situações tristes, é um exemplo lindo de que é possível sempre dar a volta por cima. Mesmo diante de tantas dificuldades, a vovó mais querida do país nunca pensou em desistir.

Palmirinha teve relação difícil com a mãe

Palmirinha era, na infância, o xodó de seu pai, que chegava até a fazer diferença com os outros filhos. A relação despertava muito ciúmes na mãe, que a maltratava muito. O único momento de paz era quando a pequena Palmira Nery da Silva Onofre ia para a cozinha.

Ciente do problema de Palmirinha com sua mãe, o pai da cozinheira a entregou para uma mulher francesa para ser “adotada” quando tinha apenas 6 anos de idade. No entanto, aos 14 anos, Palmirinha teve que voltar para casa, pois seu pai havia falecido e ela teria que ajudar a criar os irmãos.

Os problemas com a mãe, porém, continuavam. “Depois que eu perdi o meu pai foi que começou o sofrimento. Tive uma juventude muito triste. A minha mãe era uma mulher maravilhosa, mas grosseira com os filhos, principalmente comigo. Ela judiava. Eu trabalhava muito para sustentar os meus irmãos e, quando chegava em casa à noite, minha mãe fechava a porta para eu não entrar. Fiquei até os 17 anos sofrendo”, relembra Palmirinha.

Trabalho desde muito nova

“Eu nasci na cozinha. Fui criada em um sítio vendo a minha mãe cozinhar, fazer pão. Minhas avós também cozinhavam muito bem. Com 5 anos, minha mãe colocava um banquinho para eu subir e mexer as panelas”, relembra.

Antes de conquistar seu espaço na televisão, Palmira trabalhou como governanta por 20 anos. Mas foi a venda de bolos, sonhos, quitutes e salgadinhos na rua aos finais de semana que a ajudou a criar sozinha suas três filhas.

Mãe vendeu Palmirinha aos 16 anos

Um dia, de uma forma terrível, Palmirinha descobriu que sua mãe a havia vendido para um fazendeiro da região de Bauru, interior de São Paulo, onde moravam.

"Eu entrei na casa e tirei a roupa para tomar banho para vestir a camisola para dormir e trabalhar no dia seguinte. Neste momento, o homem então estava na cama e eu comecei a gritar, contou a cozinheira em uma entrevista.

Palmirinha foi salva por uma tia, que quebrou a parede para tirá-la de lá. Depois deste episódio traumático, ela teve certeza que deveria sair de casa.

Casamento para fugir de casa, filhas e perdão

Aos 19 anos, Palmirinha aceitou de imediato o pedido de um namorado e se casou para sair de casa. "Namorei mais ou menos um ano e meio e me casei. Eu queria sair de perto da minha mãe", relembra. Apesar de ter durado 20 anos e gerado suas três filhas, o casamento não foi fácil.

“Ele foi um mau marido, era muito agressivo, violento”, conta. “Naquela época, quem se separava do marido não prestava, e eu tinha medo que isso afetasse o casamento das minhas filhas, então fui aguentando."

Palmirinha encontrou justamente na culinária, sua paixão de infância, uma forma para dar a volta por cima. “Eu nunca fui revoltada e corri atrás de tudo o que eu quis. E eu consegui”, conta com orgulho.

Apesar de tudo, Palmirinha diz que não guarda mágoas da mãe. “Ela me deu a vida. E eu perdoei sim”, afirmou.

Não é à toa que Palmirinha é tão querida por todos e um verdadeiro exemplo de força, determinação e garra. Confira no vídeo abaixo a emocionante história da vovó mais amada do Brasil:

mini:


Por que amamos a Palmirinha

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