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Elas fazem a diferença: desafios e oportunidades das mulheres no mercado da tecnologia

Publicado 7 Nov 2019 – 01:34 PM EST | Atualizado 7 Nov 2019 – 01:34 PM EST
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Se você faz parte do time que acredita que tecnologia é coisa de menino, é melhor rever esse conceito. Sabia que tudo que a gente conhece de computação científica começou pelas mãos de uma mulher? Em 1843, a inglesa Ada Lovelace criou o primeiro algoritmo do mundo, parte de uma máquina de cálculo.

Durante a Segunda Guerra, as mulheres também estiveram no front da computação. Em 1969, a matemática Katherine Johnson foi a responsável por calcular a trajetória da missão Apollo 11, que levou o homem à Lua.

Mulheres no mercado de tecnologia

Apesar de serem pioneiras, a participação das mulheres no mercado de tecnologia atual é bem menor do que a dos homens. Segundos dados do IBGE, apenas 20% dos profissionais de TI são do sexo feminino, e os motivos para essa diferença são variados.

A pesquisadora e cientista de dados Ana Paula Appel aponta que a questão começa muito cedo, “com a cultura de que matemática é difícil e que as meninas têm mais dificuldades para isso”. Para ela, o incentivo tem que vir na base, fazendo com que cada vez mais jovens mulheres procurem os cursos de tecnologia e, consequentemente, ocupem vagas no mercado.

Arquiteta Executiva de TI, Ana Maria Bezerra Maimoni também acredita que seja importante mostrar às meninas, logo nas fases de infância e adolescência, as possibilidades da área e, desta forma, despertar-lhes o interesse.

Além do nome e de gosto por tecnologia, as duas profissionais têm outra coisa em comum: ambas são líderes de equipes na IBM, uma das principais empresas de tecnologia e inovação do mundo. Ana Paula é doutora na área de mineração de dados e desde 2012 trabalha no laboratório de pesquisa da empresa. Já Ana Maria é especialista em arquitetura empresarial e de infraestrutura e mora em São Paulo, de onde trabalha remotamente liderando o time de Dublin.

Os cargos de liderança feminina na área de TI não estão restritos à IBM. No Banco Bradesco, a CIO (Chief Information Officer) é Walkiria Schirrmeister Marchetti, que trabalha na instituição há 38 anos e acompanhou a evolução do setor financeiro estando à frente de iniciativas como TI-Melhorias e Aceleração Digital. Sob a liderança dela, o Bradesco foi pioneiro no uso da inteligência artificial no país, utilizando o IBM Watson para a criação da BIA (Bradesco Inteligência Artificial), um serviço de atendimento ao consumidor totalmente automatizado e eficiente.

Os desafios do mercado

Essas mulheres já chegaram em posições de liderança e são referências nas suas áreas, mas os desafios nunca acabam – que bom! “Para mim, liderar e motivar as pessoas com quem trabalho é o maior desafio, pois liderança não é algo que você impõe, é algo que você conquista inspirando as pessoas e mostrando que você é capaz”, afirma Ana Paula.

O maior desafio diário de Ana Maria é outro, que é facilitado pela... tecnologia! “Eu diria que o meu maior desafio hoje é trabalhar em um time global onde eu sou a única pessoa que trabalha remotamente, mas temos ferramentas de colaboração fantásticas que permitem fazer meu trabalho de forma eficaz e com qualidade”.

Em uma sociedade cada vez mais conectada, estimular a participação de mulheres neste mercado é fundamental para combater a desigualdade de gênero e aprimorar o desenvolvimento da própria tecnologia. Afinal, quanto mais diversas forem as equipes, mais criativas e inovadoras tendem a ser as soluções criadas.

Esse estímulo, inclusive, foi essencial para que a própria Ana Maria continuasse em seu trabalho após uma depressão pós-parto.

“Foi muito difícil e pensei seriamente em largar minha carreira. Felizmente, o meu marido não permitiu que eu seguisse esse caminho porque sabia que não era a melhor decisão e que não me faria feliz. O meu gerente também me deu todo o apoio durante o tratamento, trazendo alternativas para que eu pudesse me reestruturar e retomar a minha carreira após o período de licença maternidade. Sou muito grata a eles sempre e isso foi muito importante para mim!”

Para as mulheres que estão pensando em ingressar no mercado, fica um recado: vá em frente. “Quando bem aplicada, a tecnologia tem o poder de transformação imenso. Por isso, se você realmente descobrir algo que goste de fazer nesta área, abrace com muita determinação e acredite no seu potencial”, finaliza Ana Maria.

A IBM, maior empresa de tecnologia do mundo, investe na formação de talentos femininos desde a sua fundação. A companhia abriu a primeira escola de treinamento para mulheres em 1935 e em 1943 já tinha uma vice-presidente. As mulheres podem e devem ocupar todos os espaços, começando pelo mercado de TI.

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