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Carolinie Figueiredo desabafa sobre destruir o próprio corpo: muitas fazem o mesmo

Publicado 17 Abr 2019 – 05:47 PM EDT | Atualizado 17 Abr 2019 – 05:47 PM EDT
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A atriz Carolinie Figueiredo compartilha com frequência textos sobre seu processo de empoderamento e percepção sobre como é ser mulher em uma sociedade que nos prende a esteriótipos.

Desta vez, a famosa usou o Instagram para falar sobre sua relação com o corpo e como, por vezes, viu se autodestruindo por não se amar e aceitar. Infelizmente, isso é algo muito comum entre mulheres e por vezes nem notamos esse comportamento.

Carolinie Figueiredo fala sobre relação com o corpo

Prestes a completar 30 anos, Carolinie tem revisto sua forma de lidar com o corpo e com a alimentação. Ela inicia o texto na rede social contando que desde muito cedo escuta que deveria emagrecer, pois tem um "rosto lindo", comentário gordofóbico bastante comum na vida das mulheres.

Ao perceber que os padrões de beleza podem ser muito cruéis, fazendo com que as pessoas tenham ódio pelo próprio corpo, ela passou a entender também sua relação com seu peso e sua alimentação.

"Eu li que a maior forma de reprimir uma mulher é impondo a ditadura da beleza aos nossos corpos. Eu desde muito cedo escuto: você é linda, seu rosto é lindo, só precisa dar uma secadinha/fechadinha. Como sou atriz desde 5 anos eu comecei ouvir essas frases desde muito cedo. Permaneci minha vida inteira lutando com a balança. As vezes nem por opção, mas revendo meu caminho até aqui: oscilo profundamente entre 'uau estou numa fase boa, focada, disciplinada, regradinha, fechei a boca, estou ainda mais motivada' e fases de largar tudo pro alto e afrouxar, desistir, comer compulsivamente pra suprir sei lá o que", inicia.

Ela fala então de como tem caminhado por uma jornada de amor próprio, em que compreende mais os efeitos nocivos de tentar alcançar a "perfeição". Parte desse processo foi encarar as vezes que "destruiu seu próprio corpo" por não se aceitar.

Essa vivência ainda é muito comum especialmente entre as mulheres; por isso, buscar o equilíbrio com o próprio corpo, deixando de lado comparações com outras pessoas, por exemplo, pode ser uma saída para se libertar desse ciclo vicioso.

O que acontece é que quando somos metralhadas desde cedo com imagens de perfeição, a gente odeia o próprio corpo, porque junto com ele vem a mensagem de sermos erradas, imperfeitas e não amarmos o próprio corpo. O padrão esmaga. Eu destruí meu corpo várias vezes por não me amar e não me aceitar. Fiz as maiores rebeldias e revoluções com meu próprio corpo, hoje sei como proteção da objetificação, e porque de alguma maneira jogava pro meu corpo minha próprias frustrações e rejeições num ciclo vicioso.

A atriz comenta que também tem buscado ajuda para entender como tudo isso reflete em sua alimentação. Por isso, está se consultando com uma nutricionista integrativa para identificar seu tipo de fome e como fazer as pazes com seu corpo.

Nessa jornada de amor próprio e aceitação eu estou engatinhando mas reconheço que já caminhei . Eu ainda estou no meu próprio caminho. Agora aos 30 (sábado 20/04) começa uma nova fase: olhar pro meu corpo e pra minha alimentação de um lugar de mais consciência, amor e presença. A @nutrisuellenlorenci começou comigo um processo profundo de perceber quando é fome e quando é tentar calar outras demandas. Me ensinou que preciso tirar toxinas e vícios de alimentação que machucam consciente e inconscientemente. Será a primeira vez que iniciarei um processo que não é sobre calorias, ou emagrecer, ou chegar em algum lugar. Um caminho com presença, aceitação e consciência. sinto que preciso de força e encorajamento, honro @nutrisuellenlorenci pelo suporte e sua medicina poderosa.

Veja o relato completo:

Carolinie Figueiredo: relatos sobre corpo

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