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Thais Carla expôs cena constrangedora que viveu: antes de rir, entenda a razão dela

Publicado 5 Abr 2019 – 06:27 PM EDT | Atualizado 5 Abr 2019 – 06:27 PM EDT
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Além de se posicionar fortemente sobre o empoderamento de pessoas gordas, a bailarina de Thais Carla não se esconde para retratar a realidade de uma pessoa com obesidade em nossa sociedade.

Em um vídeo divulgado em seu canal no YouTube, a bailarina de Anitta compartilhou com o público quais são as dificuldade que uma pessoa gorda enfrenta ao viajar de avião e, de quebra, fez um importante apelo a pessoas como ela que ainda sentem receio de realizar viagens por medo dos constrangimentos que precisam passar em meios de transporte.

Thais Carla: dificuldades ao viajar de avião

As dificuldades que o gordo enfrenta ao viajar de avião começam logo na sala de espera para o embarque, local em que Thais narra seus primeiros empecilhos.

Um deles é com o assento disponível para os passageiros aguardarem seus respectivos voos. Os bancos alocados no saguão não têm espaço suficiente para que pessoas com obesidade possam se sentar confortavelmente como os demais passageiros.

“Minha banha fica para o lado, me machucando. Para esperar o avião já é desconfortável, então imagina dentro do avião”, disse Thais ao mostrar as dificuldade de uma pessoa obesa se sentar sem se sentir incomodada.

Já dentro do avião, o trajeto de Thais até a sua poltrona segue complicada.

Os corredores estreitos pedem que a bailarina tenha que se locomover de lado até o assento destinado a ela e esbarrar em outros passageiros pelo caminho.

A falta de espaço também é um problema quando Thais chega à sua poltrona: os bancos dentro do avião são pequenos e não comportam o corpo da bailarina.

Quando tenta utilizar o apoio para braço disponível entre os dois assentos, a influencer sequer consegue abaixá-lo por conta do espaço reduzido que faz com que sua cintura ultrapasse o lugar destinado a ela.

A dificuldade para utilizar apetrechos da poltrona do avião se repete em relação à alimentação.

No encosto de cada assento em aeronaves há uma bandeja que abre e fecha para que o passageiro que está atrás possa apoiar sua comida enquanto se alimenta na viagem.

Thais não consegue utilizar esse suporte porque o espaço entre seu abdômen e o encosto da poltrona à sua frente é muito pequeno. “Geralmente, quando eu estou sozinha, não me alimento porque não tem como. Vou fazer o quê?”, disse a bailarina, que estava acompanhada do marido,Israel Reis, na ocasião e, por isso, pode usar a bandeja da poltrona do companheiro.

Até mesmo a segurança de Thais fica em risco. Para conseguir fechar o acessório e garantir sua proteção, a bailarina precisa da ajuda de extensores, já que o tamanho dos cintos de segurança não atende a pessoas obesas.

“O cinto para no meio da minha barriga", disse a bailarina ao demonstrar a impossibilidade de fechar a fivela.

Razão por trás do vídeo é importantíssima

Depois de narrar todos os transtornos enfrentados em sua viagem, Thais revelou sua motivação para a gravação e postagem do vídeo. Segundo ela, pessoas gordas se privam de viajar e ter momentos de lazer pelo medo do constrangimento que podem passar em transportes e locais sem acessibilidade.

Ela fez questão de enfatizar que sua intenção não é intimidá-las ainda mais, mas incentivá-las a frequentarem estes locais e demonstrarem como as empresas precisam urgentemente olhar para esta questão e criar alternativas para abrigar a todos, sem distinção.

Assim, Thais fez um apelo a todas as pessoas gordas que sentem receio de viajar ou de utilizar outros meios de transporte, por eles não oferecerem boas condições para os passageiros. Para a bailarina, esse medo deve ser esquecido, os espaços, ocupados e os problemas, expostos para que, então, as mudanças sejam reivindicadas e concretizadas.

“Esse vídeo não é para você sentir mais medo de querer pegar um avião. É para expor. Eles que devem ter vergonha. Não a gente. O modo como o transporte é feito, sem um pingo de sensibilidade. Hoje eu estava com o Israel, mas quando eu estou sozinha, é bem difícil e chato. Isso porque eu não filmei o banheiro. Não dá para entrar direito. É super estreito. Eu preciso esperar o voo terminar para ir no banheiro porque não dá para ir (...) Se vocês não forem nos lugares, reclamarem, se vocês se esconderem, não vai mudar. Tenham coragem. Isso tem que mudar. Não existe só um tipo de corpo.”

Empoderamento de corpo gordo

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