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Este foi o momento em que Priscila Pires soube que vivia relação abusiva: vale o alerta

Publicado 27 Mar 2019 – 06:16 PM EDT | Atualizado 27 Mar 2019 – 06:16 PM EDT
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Identificar um relacionamento abusivo não é, exatamente, fácil. Para a ex-BBB Priscila Pires, tal identificação aconteceu depois que a modelo precisou se submeter a uma situação em que precisou mentir para realizar algo muito significativo para ela.

Relacionamento abusivo: quando famosa notou

Antes de ser casada com João Reis, a ex-BBB viveu por quatro anos ao lado do empresário Bruno Andrade, com quem conta ter vivido a experiência de um relacionamento abusivo.

Em resposta a um usuário do Instagram que lhe perguntou sobre o momento em que identificou a situação, Priscila disse que isso aconteceu quando ela precisou mentir para visitar uma amiga no hospital.

“Tive uma melhor amiga internada e precisei mentir para ir visitá-la porque ele não gostava dela. Me senti um lixo, não era mais dona da minha vida. Entre mil outras coisas”, contou a ex-BBB ao responder uma pergunta enviada.

Separação e novo amor

Além da curiosidade sobre o processo de identificação da situação de abuso, os fãs de Priscila também enviaram perguntas à ex-BBB sobre a dificuldade que ela enfrentou para se separar do então marido, com quem teve dois filho, processo que aconteceu em 2015, e a descoberta de um novo relacionamento.

“Quando se tem filhos, você prolonga e empurra mais com a barriga aquele relacionamento falido. Então não é fácil, não (...) Olha, [o novo relacionamento] a gente não controla, não tem regras. Se o universo conspira a favor, é ponto final. O importante é não se desesperar e nem se bloquear para o mundo”

Relacionamento abusivo: como identificar

Controle social

O controle de amigos com quem a mulher socializa, e como Priscila narrou, é uma forma de abuso emocional. Em casos de controle extremo, o agressor tenta impedir que a parceira saia sozinha com amigos ou use determinadas roupas.

A questão é que, geralmente, a vítima nem sempre percebe que está se isolando, pois, em sua cabeça, está apenas dedicando mais tempo à relação. Quando nota e confronta o abusador, ele alega seu comportamento por cuidado, ciúmes, amor. Em um jogo mental, ele faz com que a vítima ache que, quanto mais limitador ele é, mais a ama.

Humilhação

Segundo Mario Louzã, psiquiatra pós-doutorando no Instituto Central de Saúde Mental em Mannheim (Alemanha), é comum que o abusador humilhe ou critique a vítima numa situação social, ou as demais pessoas percebam o olhar de reprovação do abusador sempre que a pessoa abusada tenta expressar alguma ideia própria ou começa a falar de algum assunto na roda da conversa.

Baixa autoestima

Vítimas de relacionamentos abusivos tendem a se sentir inferiores quando comparadas ao parceiro ou não dignas e merecedoras de amor.

Ao perceber isso, o abusador usa isso ao seu favor agredindo a vítima com afirmações que a lembram que, se não fosse por ele, ela estaria sozinha.

Sentimento de dependência

O domínio do abusador com sua vítima acontece, muitas vezes, por meio do sentimento de alguma vantagem que ele tem sobre a pessoa abusada. Em muitos casos, tal vantagem vem do poder financeiro.

Mulheres que não trabalham por opção ou porque foram obrigadas pelos parceiros se sentem na obrigação de aguentar qualquer tipo de tratamento por não terem fonte de renda. Desse modo, o abusador controla suas roupas, alimentação, convívio social e até mesmo uso de tecnologias, como WhatsApp, Facebook, entre outros.

Marcas no corpo

O relacionamento abusivo não se restringe ao plano psicológico, já que não são raros os casos de abusadores que agridem fisicamente suas vítimas – o que gera marcas em seus corpos.

Envergonhadas, as mulheres que se tornaram reféns do próprio relacionamento inventam desculpas para justificar as marcas pelo corpo ou mesmo o comportamento do agressor.

Violência contra a mulher

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