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Mion teve dificuldade de entender 3 aspectos do autismo de Romeo (muitos pais vivem isso!)

Publicado 10 Jan 2019 – 09:14 AM EST | Atualizado 10 Jan 2019 – 09:14 AM EST
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Marcos Mion sempre emociona e ensina grandes lições a seus seguidores ao fazer relatos emocionantes e mostrar o dia a dia ao lado do filho mais velho, Romeo, que tem autismo.

Recentemente, ele publicou uma foto em Londres com a família e fez um relato sobre a dificuldade que teve para aceitar quando Romeo foi diagnosticado com TEA (Transtorno Espectro Autista).

Dificuldade de Mion para aceitar diagnóstico do filho

Marcos Mion está em Londres com Suzana Gullo e os filhos, Donatella e Stefano. Em uma de suas publicações no Instagram, ele contou por que não levou Romeo na viagem e revelou que o primogênito está em Orlando, EUA, com as avós.

Na última foto que postou no Instagram, com a família em Londres, o apresentador fez uma legenda explicando mais sobre a ida do filho para um destino diferente da família e contou como foi difícil aceitar a condição de Romeo, quando recebeu a notícia de que ele tinha autismo. Veja:

"Uma criança atípica, no meu caso com autismo, requer cuidados especiais, atenção diferente e estrutura para funcionar bem. Demorei alguns anos, às custas de muito stress e choro, para entender isso e já entrego mastigado para os recém pais de crianças especiais: é bobagem, desperdício de lágrimas e sofrimento desnecessário".

Além de contar como o processo foi longo e doloroso, Mion também disse que tenta se dividir igualmente entre os filhos, mesmo Romeo sendo especial.

"Fazer uma viagem sem rotina, andando com guia, parando pra entrar numa loja no susto ou pra pegar um café antes de chegar no destino programado, entre centenas de outras situações é um TERROR para crianças com autismo. Por outro lado, tenho duas crianças típicas, em nada mais “normais” que o Romeo, apenas diferentes, que querem exatamente isso: mergulhar no mundo!"

O apresentador ainda deixou um recado para os pais que também têm filhos autistas e tentam lutar contra esta condição.

"Pais e mães autistas, aceitem os limites dos seus filhos especiais! Forçar é quebrar eles por dentro. E não esqueçam nunca dos outros filhos!".

Leia o relato completo de Marcos Mion:

"Uma criança atípica, no meu caso com autismo, requer cuidados especiais, atenção diferente e estrutura para funcionar bem. .
Demorei alguns anos, às custas de muito stress e choro, para entender isso e já entrego mastigado para os recém pais de crianças especiais: é bobagem, desperdício de lágrimas e sofrimento desnecessário insistir para que seu filho atípico se encaixe no que é considerado típico, ou popularmente “normal” (odeio essa colocação, uso para entendimento rápido de quem não faz parte do meio. Meu filho autista é MUITO mais normal do que a maioria das crianças que conheço).

Uma criança com autismo necessita antes de tudo de ROTINA. Basta mudar uma sequência que o mundo dele pode virar de cabeça pra baixo na velocidade de apertar um botão. E aí meu amigo, não tem mais volta. É necessário muita paciência, dedicação e conhecer seu filho como a palma da sua mão pra reverter essa queda num túnel de pânico e desespero que eles entram.

Ou seja, fazer uma viagem sem rotina, andando com guia, parando pra entrar numa loja no susto ou pra pegar um café antes de chegar no destino programado, entre centenas de outras situações é um TERROR para crianças com autismo.

Por outro lado tenho duas crianças típicas, em nada mais “normais” que o Romeo, apenas diferentes, que querem exatamente isso: mergulhar no mundo! Dobrar a próxima esquina e se surpreender com uma vista, um monumento e resolver sentar um pouco por ali porque o clima tá bom! Parar pra almoçar e encarar um restaurante diferente! Onde as pessoas não nos conhecem e pode ser que a carne chegue antes da batata, o que é um problema pro meu Romeo! São INCONTÁVEIS detalhes que fazem uma criança atípica funcionar e não consigo montar essa estrutura para poucos dias pelo mundo, nem cabe!

Por isso Romeo viaja pra onde conseguimos ter casa ou a “sensação de casa”! Passar por 3 países em 15 dias é um pesadelo pra ele. E acaba virando pros outros tb, afinal ninguém fica bem com alguém na família sofrendo tanto.

Pais e mães autistas, aceitem os limites dos seus filhos especiais! Forçar é quebrar eles por dentro. E não esqueçam nunca dos outros filhos!".

Transtorno Espectro Autista

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