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5 vezes em que Fátima LACROU ao rebater convidados, mas sem perder a classe

Publicado 5 Nov 2018 – 03:28 PM EST | Atualizado 5 Nov 2018 – 03:28 PM EST
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Por abordar um bocado de temas polêmicos – como questões ligadas ao papel da mulher na sociedade, assédio, racismo, etc. – e trazer convidados muito diferentes uns dos outros ao programa, Fátima Bernardes frequentemente se vê diante de declarações problemáticas que requerem sua intervenção.

Diante de polêmicas no “Encontro”, porém, a apresentadora é sempre firme, pontual, não se estende e, mais importante de tudo, não perde a classe nem desrespeita ninguém. Confira cinco vezes em que Fátima deu lições importantes sem precisar falar muito:

1. Marcos e Belutti com comentário machista

A mais recente polêmica do programa foi protagonizada por Marcos, sertanejo da dupla com Belutti. Reunidos para conversar sobre as dificuldades da maternidade, a atriz Fernanda Rodrigues afirmou que, para mães, o sentimento de não dar conta é comum, assim como algumas lágrimas.

“Aquela trancadinha no banheiro pra dar uma choradinha... Clássica. É ótima, revigora”, comentou a atriz, e as outras mulheres presentes concordaram. Marcos então interrompeu a conversa com um “conselho” nada coerente.

“Isso é uma dica pros maridos, se sua esposa estiver muito estressada com algum problema na sua casa, você olha pra ela e fala: 'Vai chorar!'”, comentou o sertanejo. Apesar de o choro promover alívio, ele não soluciona o problema e, quando a mulher é casada, dividir a criação dos filhos também é função do marido.

Logo após a fala do cantor, porém, Fátima interviu em tom ameno, mas com um fundo de “bronca”. “Não não não, não é essa a dica, Marcos!”, disse a apresentadora, ao que Marcos respondeu “estou brincando”, mas não voltou a defender o conselho polêmico.

2. Dúvida de Martinho da Vila sobre assédio

No dia anterior ao que Marcos e Belutti estiveram no “Encontro”, o programa também foi marcado por uma polêmica. Na ocasião, Fátima abordou a questão do assédio contra mulheres e o papel dos homens na hora de combatê-lo. Foi então que o cantor Martinho da Vila levantou uma dúvida polêmica.

“Tem um lance: o cara que é solteiro ou descompromissado está com problema para quando conseguir chegar a uma mulher. ‘Meu Deus, o que que eu faço? Qual é a maneira que eu vou chegar a ela que não é assédio?’”, disse Martinho, acrescentando que, às vezes, ele considera as acusações de assédio envolvendo “elogios” a mulheres um exagero.

Como qualquer investida que deixe a mulher desconfortável – sendo esse o intuito do homem ou não – é algo problemático porque a inferioriza e a coloca na posição de objeto, Fátima também interviu.

“É engraçado que essa é uma questão masculina, mas não é uma questão feminina. A gente sabe quando é a paquera e quando é o assédio”, afirmou a apresentadora, reforçando que, durante a paquera, a mulher precisa se sentir enaltecida, não ameaçada.

3. Consultor financeiro sobre papel das mulheres

Em agosto, uma das edições do “Encontro” tratou sobre finanças e, principalmente, a relação do casal com elas. Em dado momento, uma espectadora da plateia fez uma pergunta ao consultor financeiro Gustavo Cerbasi e essa indagação rendeu uma pergunta questionável.

“Vivemos numa sociedade em que o homem sempre foi visto como provedor, certo? Atualmente, qual seria a divisão, uma divisão justa de contas para que não tenha um problema futuro no relacionamento?”, perguntou a mulher. Em sua resposta, o consultor falou sobre o papel da mulher nas compras da casa, mas exibiu uma visão problemática do assunto.

“Eu acredito que cabe à mulher organizar o dinheiro da família. Numa farmácia, quem tá comprando o remédio para a família é a mulher. Nas papelarias, quem compra material escolar para os filhos são as mulheres. O ideal é que quem tome mais decisões controle o dinheiro”, comentou.

Como o comentário implica que as mulheres continuem exercendo o papel de “cuidadoras” e sigam concentrando a maior parte das responsabilidades, Fátima decidiu complementar o raciocínio de Cerbasi.

“Esse é mais um caminho que a gente tem que percorrer para a igualdade. Porque, no fundo, essa história da mulher fazer a compra pro marido, acabar comprando material escolar, tudo isso acaba sobrecarregando. Então cada vez mais essa conversa é boa para que a gente consiga realmente dividir também isso, não financeiramente, mas em termos de responsabilidade”, pontuou a apresentadora.

4. Marcelo Médici, Jennifer Dias e o racismo

Recentemente, o músico Paulo Ricardo, o humorista Marcelo Médici e a atriz Jennifer Dias entraram em uma discussão um pouco mais intensa quando o assunto abordado pelo “Encontro” foi o racismo e o machismo enraizados em frases comuns que as pessoas dizem por aí.

Na ocasião, o trio participou de uma “brincadeira” que envolvia dizer essas frases em um telefone que amplificava a voz para que o interlocutor sentisse mais “impacto” ao ouvir. Após uma frase que denotava racismo, Fátima quis saber sobre a experiência de Jennifer – que é negra – com a questão da autoaceitação. Jennifer então respondeu que passou anos alisando o cabelo por achar que não havia espaço para o cabelo afro na sociedade, mas foi interrompida pelo humorista.

“Todo mundo, amor, mas aí é moda”, disse Médici sobre mulheres que alisam os cabelos, sejam elas negras ou não. O problema da fala é que, assim como respondeu Jennifer, mulheres negras ainda são representadas de maneira objetificada pela mídia e o preconceito contra traços com o cabelo afro ainda é um bocado presente na sociedade.

Paulo Ricardo então concordou com o humorista, afirmando que a modelo Naomi Campbell sempre usou os cabelos lisos, e e discussão estava prestes a ficar mais inflamada quando Fátima fez um questionamento que acalmou os ânimos.

“Eu acho que assim, para mim é moda escovar ele liso, mas para ela não é uma necessidade de aceitação?”, perguntou a apresentadora, recebendo uma afirmativa da atriz e deixando o humorista um pouco menos incisivo em suas afirmações. Após a interrupção, Fátima ainda deu espaço para que Jennifer falasse mais sobre seus ideais e projetos quando o assunto é racismo.

5. Comparação problemática de convidada

Durante uma conversa sobre relacionamentos duradouros com a psicanalista Lígia Guerra, uma espectadora da plateia contou que, após terminar um casamento de 20 anos e ficar solteira por outros 14, está prestes a trocar alianças novamente, mas, desta vez, não quer morar junto do marido.

Questionada por Fátima sobre o porquê dessa decisão, a mulher comentou que conviver menos previne o “desencanto” porque minimiza o contato com possíveis comportamentos desagradáveis do outro, que desgastam a relação. Lígia então comentou que é normal as pessoas tomarem menos cuidado com os próprios hábitos, mas acabou finalizando o raciocínio com uma comparação polêmica.

“Uma coisa muito básica do amor, que pouco se fala sobre relacionamentos, é aquela folga né... O marido deixa a tampa do vaso sanitário aberta, a mulher esquece de depilar, ou não sabe nada um da vida do outro, vivem apenas como duas pessoas que pagam contas. Um é o excesso de intimidade e o outro é falta”, disse.

Na web, internautas se posicionaram contra a afirmação da psicanalista, já que se depilar ou não é uma escolha pessoal e não deve ser algo feito para agradar o parceiro ou parceira, tampouco é sinal de desleixo, já que algumas pessoas (a maioria dos homens, inclusive) optam por manter os pelos por uma preferência estética ou até de saúde.

Sem julgar a comparação da psicanalista como certa ou errada, porém, Fátima finalizou a conversa com uma opinião sensata. “Eu acho que cada um tem que ter as suas regras e aí vai em frente”, disse a apresentadora.

Opiniões e dicas valiosas de Fátima Bernardes

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