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Joaquim Lopes revela bullying “brutal” que viveu: efeito que trauma gerou nele é comum

Publicado 5 Jun 2018 – 11:42 AM EDT | Atualizado 5 Jun 2018 – 11:42 AM EDT
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O ator Joaquim Lopes revelou que sofreu bullying na adolescência devido ao excesso de peso. O assunto comentado no programa Papo de Almoço, da Rádio Globo, levantou debates sobre o tema. Confira:

Joaquim Lopes sofreu bullying

Numa conversa com Léo Jaime, Joaquim contou que sofreu muito bullying dos 11 aos 15 anos porque era obeso. “Na época, não tinha essas palavras, nem gordofobia e nem bullying”, disse.

O ator ainda contou que estudava em um colégio semi-internato, então passava os recreios na biblioteca fingindo que estava lendo, para fugir dos agressores. “Foi um suplício pra mim. O ginásio foi uma desgraça completa e absoluta”, relembrou.

Joaquim ainda relatou que a violência sofrida era tão brutal que ele não conseguia reagir - um efeito comum nas vítimas do trauma. “Eu ficava paralisado, essa é a palavra.”

Transformação

Lopes lidou com o problema sozinho dos 14 para os 15 anos, quando percebeu que passava por uma crise e começou a adotar medidas para transformar sua realidade.

“Quando lembro disso, é com muita gratidão. Eu agradeço a cada um dos desgraçados que me zoaram na escola, pois aquilo foi o que me deu ‘drive’”, explicou, referindo-se à motivação que encontrou no problema. “E eu encontrei todos”, completa.

O artista ainda ressaltou que a palavra “crise” tem conotação negativa, mas deve ser encarada como oportunidade de crescimento.

"Paralisação" é comum em caso de bullying

A psicóloga Edyclaudia Gomes de Sousa explica que é comum encontrar pessoas afetadas por agressões físicas ou morais que não conseguem processar ou racionalizar.

Segundo ela, tais situações de violência podem gerar uma reação cerebral que deixa o indivíduo sem reação: "Há uma resposta de bloqueio na área chamada hipocampo, que é onde se processam soluções de problemas e memória, além do aumento do hormônio do estresse e alterações na amígdala, área associada ao medo", afirma.

Ainda há aumento da atividade do sistema nervoso autônomo, o que provoca elevado ritmo cardíaco e pressão arterial.

Em excesso, tais reações podem desencadear casos de depressão ou transtorno do pânico.

O que fazer?

Perante casos de paralisação devido ao bullying, o ideal é pedir ajuda o quanto antes. Caso sinta-se incapacitado para reagir imediatamente, converse com seu responsável, com um amigo ou busque ajuda de um psicólogo para aprender a lidar e evitar tais situações.

Em casos graves, também é possível registrar um boletim de ocorrência ou falar com o superior da instituição em que isso ocorreu.

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