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Cuidar e se preocupar demais com o outro pode ser doença, diz psicóloga da USP

Publicado 20 Fev 2018 – 05:00 AM EST | Atualizado 14 Mar 2018 – 04:13 PM EDT
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Sofrer por amor pode ser considerada uma ideia romântica e apaixonada, mas quando a necessidade em estar constantemente ao lado do par vem acompanhada do hábito de cuidar e se preocupar demais com o outro pode indicar até amor patológico.

Como identificar um amor doentio

A pessoa que sofre de amor patológico muitas vezes sequer está ciente do problema, normalmente mais notado por amigos, familiares ou mesmo pelo parceiro romântico, que se sente sufocado e pressionado pelo “excesso de amor”.

No amor chamado patológico, uma pessoa é capaz inclusive de abrir mão da própria felicidade em nome do bem-estar do par. O comportamento pode ser desenvolvido em qualquer momento da vida, mas geralmente se inicia na infância, quando o indivíduo aprende a estabelecer uma relação direta entre vínculo emocional e dependência.

De acordo com Andrea Lorena, psicóloga e uma das coordenadoras da Faculdade de Medicina da USP, o amor doentio está ligado a uma personalidade de insegurança e baixa autoestima. A profissional afirma que a condição nem sempre é explícita na forma de ciúme ou agressão e pode ser, de certa forma, até silenciosa.

Quem sofre com o amor patológico perdoa traições, faz dívidas para pagar as contas do par, deixa de estudar, coloca o trabalho em risco e, em alguns casos, pode até mesmo se esquecer dos próprios filhos.

É como se o parceiro fosse uma droga da qual não se consegue viver sem, afirma a psicóloga. Então, quando a relação chega ao fim, a pessoa pode até desenvolver crises de abstinência, como alteração de apetite, insônia, ansiedade, depressão, taquicardia, entre outros problemas.

Outros sintomas de amor patológico são: tentativa excessiva de controlar as atividades e os passos do parceiro, abandono de atividades e interesses pessoais para se dedicar exclusivamente ao relacionamento e até mesmo ignorar problemas familiares e íntimos para sempre socorrer e se mostrar disponível ao companheiro ou companheira.

Relacionamentos amorosos

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