Há algo por trás das roupas da família de Beyoncé que quase ninguém percebeu
Mesmo quem gosta de acompanhar as redes sociais e aparições de Beyoncé e família pode não ter se dado conta de que, ultimamente, eles têm usado suas roupas para transmitir uma importante mensagem.
Para comparecer ao Grammy 2018, principal premiação musical dos Estados Unidos, a cantora e o marido, Jay Z, vestiram-se inteiramente de preto, e a razão não foi uma escolha fashion: o casal tem buscado demonstrar através do figuro apoio ao movimento Panteras Negras, grupo de militância negro norte-americano formado nos anos 1960.
Significado das roupas de Beyoncé
No Grammy, a cantora usou um vestido de gola alta e fendas laterais do estilista Nicolas Jebran, além de chapéu e óculos pretos. Beyoncé ainda finalizou o look com uma bolsa em formato de pantera negra.
Já Jay Z combinou o terno preto com uma camisa de gola alta da mesma cor - característica importante do uniforme dos Panteras Negras.
"[O apoio público ao movimento] Começou com o Super Bowl em janeiro do ano passado. Na verdade, Bey está fazendo uma declaração com suas roupas durante todo o fim de semana", revelou o maquiador da cantora, Sir John, à revista People.
"Se você observar a boina do look de ontem, a gola alta no vestido de hoje - sua silhueta escultural. Foi um momento realmente forte e poderoso. Isso é algo que representa amor e solidariedade ao seu povo", completou.
Durante sua apresentação no intervalo do Super Bowl de 2016, Beyoncé fez notícia no mundo todo ao transformar o show em uma declaração política em defesa a movimentos antirracismo. Todo o time de dançarinas eram negras e estavam caracterizadas com boinas e blusas de gola alta, marcas do partido Panteras Negras.
Ativismo negro
Beyoncé e Jay Z são grandes defensores da conquista e manutenção dos direitos da população negra, deixando que a bandeira a qual defendem reflita não só nas letras de suas músicas, como também no seu estilo de vida.
O casal apoia abertamente o movimento Black Lives Matter, que repudia a violência policial e o genocídio negro nos Estados Unidos.
Além disso, o álbum "Lemonade" da cantora escancara para o público tanto fatos de sua vida pessoal, como a traição do marido, quanto fatos comuns a todos os negros americanos. O próprio nome do álbum é uma referência clara à escravidão, época em que os negros passavam suco de limão na pele com intuito de clareá-la.
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