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Detox emocional: aprenda a se livrar do que te impede de evoluir em 2018

Publicado 2 Jan 2018 – 04:00 AM EST | Atualizado 15 Mar 2018 – 10:06 AM EDT
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É comum as pessoas se sentirem esgotadas no fim do ano, afinal, a sensação geral é de fechamento de ciclo e resolução de pendências.

Por isso, a psicóloga Cristiane Moraes Pertusi explica que é importante exercer uma espécie de renovação mental, para não sobrecarregar nosso emocional com sentimentos que podem criar um ciclo vicioso de mal-estar ao longo dos anos.

“Nossa mente pode ser controlada até certo ponto e, por isso, é importante ter autopercepção para entender minimamente por que certos tipos de sentimentos e pensamentos estão recorrentes na mente”, comenta a especialista.

O chamado detox emocional é uma maneira de fazer uma verdadeira revisão interna para conseguir entender quais frustrações e traumas estão ligados a eles e, assim, ter um ano novo mais feliz e produtivo, deixando para trás aquilo que travava sua evolução no ano anterior.

Estresse de fim de ano: por que sentimos?

A sensação de emoções sobrecarregadas é comum no final do ano porque há um mix de sentimentos relacionados ao inconsciente coletivo e uma série de pressões para lidar com familiares e obrigações de final de ano.

E tudo isso pode gerar frustrações em muitas pessoas que não alcançam o ideal da época, que está no imaginário das pessoas.

“Há muita gente que sente impotência, ansiedade e frustração neste período, e de uma forma tão forte que chega a ser difícil administrar”, comenta a especialista.

Porém, Cristiane também ressalta que no dia a dia, quando não prestamos atenção, estamos favorecendo um ambiente nocivo para nossa saúde mental.

Esses sentimentos acumulados e não trabalhados intoxicam, diz ela. Produzem sensações que por vezes não são compreendidas, mas que sugam a energia para a rotina diária. É como um aperto no peito ou a cabeça pesada, um desânimo recorrente.  

Como fazer um detox emocional?

Faça uma avaliação do seu último ano

Pense no seu último ano e faça um balanço sincero sobre como você reagiu a determinados assuntos, como se relacionou com os seus amigos, companheiro, familiares e colegas de trabalho.

Esteve muito na defensiva com certos tipos de assunto? Foi inflexível e intolerante com as pessoas? Até que ponto o seu estresse pode ser uma desculpa para descontar suas frustrações nos outros? Se no seu balanço notar que o saldo é negativo, é hora de renovar emoções, pensamentos e procurar ser alguém melhor para si mesmo.

Identifique traumas e aprenda a lidar com eles

Cristiane explica que sofremos pequenos traumas todos os dias em nossas vidas, e muitas vezes não nos damos conta disso. Eles podem ser frutos de situações aparentemente pequenas, como a má educação de alguém, ou maiores, como expectativas não atendidas, pressão do trabalho e assim por diante.

Por isso, mesmo com a correria da rotina diária, é preciso parar alguns instantes e olhar para dentro de si, entender o que se passou para exercitar a autopercepção e ter a consciência de que houve, sim, um trauma, por menor que possa parecer.

Visto isso, a especialista explica que é possível superar os reveses da vida sem se amargurar - e por isso a autopercepção é tão importante, pois só o próprio indivíduo consegue determinar o tamanho que aquele impacto teve em sua própria vida.

A pessoa precisa buscar processar isso internamente, senão sozinha, com ajuda de tratamentos psicológico e, às vezes, até mesmo médico psiquiatra. “Para superação do trauma, é preciso que aconteça a compreensão da dimensão dele na psique da pessoa”, comenta Cristiane.

É possível descarregar sentimentos ruins criando novos hábitos sentimentais, como se faz, por exemplo, ao começar uma nova rotina de exercícios físicos e alimentação.

“Seja humilde para procurar ajuda. Escreva em algum caderno sobre o que te incomoda, faça meditações, procure um terapeuta, faça trabalhos em grupo”, recomenda Cristiane Moraes Pertusi, enfatizando que a ideia não é se colocar no eterno papel de vítima, mas sim reconhecer a existência de dores para conseguir curá-las, seja sozinho ou com a ajuda de alguém.

“Uma visão mais otimista frente ao eventos da vida ajuda a seguir em frente e focar no presente”, diz.

Adote novas posturas no novo ano

Após avaliar o ano que passou, identificar os traumas que possam ter te prejudicado e buscar formas de lidar com eles, é hora de adotar posturas diferentes para obter resultados novos e melhores no ano que chega:

  • Busque valorizar o presente. A especialista explica que é comum ver pessoas que ou focam muito no passado ou demais no futuro.
  • Mantenha uma boa vida social. Encontrar amigos e familiares faz bem para a autoestima e alimenta a importância de viver em comunidade.
  • Invista em você. Não se deixe por último, seja em nome de seu parceiro, trabalho ou filhos. É certo que eles precisam de você, mas o seu bem-estar deve vir em primeiro lugar.
  • Reserve um tempo para fazer o que gosta pelo menos 1 vez por semana. “Muitas pessoas não conseguem pensar no que podem fazer em seus momentos de lazer. É preciso escolher um hobby e relaxar com ele.”
  • Cuide de sua aparência, afinal, ela é reflexo da sua personalidade e visão de mundo.
  • Controle seu estresse. Há várias maneiras para isso: alimentando-se com comidas mais equilibradas, fazendo exercícios (que trabalham corpo e mente), dormindo o tempo necessário, entre outras.
  • Procure não acumular rancores e mágoas. Pratique o desapego e o perdão e aprenda a seguir em frente.
  • Trace objetivos para melhorar sua vida. Vá atrás de viajar, fazer um novo curso, mudar de emprego ou conquistar uma casa própria, pois isso lhe dará noção de movimento na vida.
  • Busque avaliar as áreas de sua vida listando pontos fortes e pontos a melhorar: vida afetiva, social, profissional e as outras áreas importantes. E procure fazer mudanças sempre que necessário.
  • Peça ajuda de pessoas que gostam de você, faça uma rede de apoio e cuide da sua saúde mental.
  • Se puder, é interessante investir em trabalhos de autoconhecimento, como a terapia.

É possível mudar hábitos mentais sem ajuda profissional, porém, se notar que a angústia é muito forte, procure um especialista, como psicólogo e psiquiatra, para iniciar um tratamento.

Saúde mental

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