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Ela tem síndrome rara que a faz parecer mais velha e muito a ensinar sobre autoestima

Publicado 21 Set 2017 – 06:00 AM EDT | Atualizado 15 Mar 2018 – 03:52 PM EDT
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Pode não parecer, mas a modelo Sara Geurts tem apenas 26 anos. E, desde os sete anos ela já sabia que era diferente. A pele era muito mais flexível do que a dos colegas e algumas marcas já podiam ser notadas.

O aparecimento repentino das rugas está relacionado com uma doença hereditária chamada síndrome de Ehlers-Danlos, que provoca um defeito na produção de colágeno. Por isso, Sara parece ser muito mais velha do que realmente é. 

O que poderia ser motivo de reclusão transformou-se em combustão para uma mensagem muito importante: a de  autoaceitação. "Ninguém tem as mesmas imperfeições e cicatrizes, use com orgulho, meu amor", falou a americana com exclusividade ao VIX.

Síndrome de Ehlers-Danlos: o que é?

Trata-se de uma doença hereditária que afeta a produção de colágeno, um componente que dá firmeza aos tecidos. A doença, que pode se manifestar em, pelo menos, 10 tipos diferentes, afeta vasos da pele, das articulações e do sangue. Sem essa substância em quantidade suficiente no organismo, a pele, por exemplo, se torna flácida.

Autoaceitação

Em um meio conhecido por exercer forte pressão sobre a estética, Sara é um respiro de diversidade - e também um exemplo de autoaceitação. Mas nem sempre foi assim.

Na adolescência, período em que o corpo de todos passam por muitas mudanças, a americana conta que sentia vergonha do seu e dos sintomas da doença. "Eu tentava cobrir o meu corpo constantemente, pois não queria que ninguém fizesse perguntas sobre isso ou até mesmo que vissem que algo estava errado comigo", revela.

Sua percepção sobre si começou a mudar em 2015, quando enviou algumas fotos a pedidos - e muita insistência - dos amigos para a campanha publicitária “Love Your Lines” ("Ame Suas Linhas", em tradução livre), uma ação de marketing que exaltava as chamadas “imperfeições” de mulheres do mundo inteiro.

"Eu queria me entender e entender por que eu odiava tanto o meu corpo", conta. "Eu sabia que tinha que mudar minha mentalidade e meus hábitos para entender a raiz do porquê eu me sentia tão infeliz."

Não só Sara foi uma das escolhidas para ilustrar a campanha da marca no Instagram como também conseguiu mais de 25 mil likes em sua foto. Eram os primeiros passos rumo à carreira que ela pensou que jamais a aceitaria.

"Descobri que, ao estar descontente comigo mesma e com meu corpo, eu criava um bloqueio que me separava das minhas amizades e relacionamentos, não permitindo que eles pudessem florescer o seu verdadeiro potencial", explica.

Existe cura?

Infelizmente, não. O que, como a própria Sara afirma, só a motiva ainda mais a falar sobre o assunto. Para ela, desmistificar a síndrome e seus sintomas é a principal razão de compartilhar em modo público suas fotos.

"Espero que, ao fazer minhas próprias 'imperfeições' aparentes através da fotografia, eu seja capaz de diminuir o sofrimento dos outros na jornada para o amor próprio e abrir os olhos para suas próprias belezas", afirma.

Assim como outros pacientes, Sara faz uso de alguns tratamentos que suavizam os sintomas da doença, como a fisioterapia, que ajuda no fortalecimento da musculatura, e o uso de medicamentos, como anti-inflamatórios e anestésicos, que minimizam as dores articulares ou musculares.

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