Por que o filme "O Dilema das Redes" virou febre na Netflix e assustou a todos na web
"O Dilema das Redes" virou febre na Netflix e o motivo é um só: o documentário mostra como grandes empresas de tecnologia conseguem influenciar e até prever nosso comportamento.
Deixando escancarado o aspecto manipulador das redes sociais, a produção viralizou entre os usuários do streaming e está deixando muita gente apavorada com as revelações que traz à tona.
Entenda a repercussão do fenômeno!
Por que "O Dilema das Redes" virou febre na Netflix
Lado oculto
As redes sociais estão presentes no nosso dia a dia, mas "O Dilema das Redes" mostrou que, além do entretenimento e interação social, existe um lado oculto muito mais sombrio do que a gente poderia imaginar.
Por trás de cada rede, atuam mecanismos de manipulação em massa, destinados a controlar a atenção do público com o objetivo de induzir a maior parte das pessoas para um determinado comportamento.
Especialistas
Todas as revelações são feitas com base em especialistas em tecnologia do Vale do Silício que, através de seus depoimentos e evidências, comprovam que as redes sociais estão reprogramando a civilização.
Em "O Dilema das Redes", ex-funcionários de empresas como Google, Facebook, Twitter, Instagram e Pinterest contam como os executivos de cada uma dessas companhias manipulam algoritmos para induzir comportamentos.
"Tudo é monitorado"
Uma das revelações mais chocantes de "O Dilema das Redes" é que não existe privacidade. E o documentário entrega isso logo no início, com um depoimento de Jeff Seibert, ex-executivo do Twitter.
"O que quero é que as pessoas saibam que tudo o que estão fazendo online está sendo observado, monitorado, medido. Cada ação que você realiza é cuidadosamente monitorada e registrada".
Jeff alerta ainda que as redes conseguem captar tudo: desde as imagens que a gente olha, qual nosso estado de espírito e até se clicamos em uma foto do ex: "As redes sociais estão monitorando tudo".
"Você é o produto"
Tristan Harris, que trabalhou como especialista em Ética de Design no Google e agora é presidente e cofundador do Center for Humane Technology, chocou com uma afirmação sobre o potencial negativo das redes.
"As pessoas acham que o Google é só uma ferramenta de busca, e que o Facebook é só onde vejo meus amigos. Mas elas não percebem que eles estão competindo pela sua atenção".
"Se você não está pagando pelo produto, você é o produto", reforça Harris no documentário. Isso é chamado de "capitalismo de vigilância" e acontece independente de o público ter ou não consciência.
Reflexão
É difícil assistir "O Dilema das Redes" sem querer dar um tempo do celular depois disso. O documentário deixa claro o quanto cada notificação que a gente recebe pode ter um impacto nocivo em nossas próprias vidas.
E quem assistiu não teve como não ficar assustado. Os algoritmos estão em tudo, manipulam sem serem vistos e influenciam pessoas que nem sabem que estão sendo influenciadas. Veja algumas reações da web: